MITOS ISLÂMICOS

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sexta-feira, 27 de março de 2015

O que leva um professor de Biologia juntar-se aos jihadistas?

Um professor de biologia que estava determinado a viajar para a Síria como forma de se juntar ao grupo que é conhecido como Estado Islâmico foi preso por seis anos. Jamshed Javeed, de Manchester, estava "determinado a levar a cabo uma jihad" apesar dos pedidos da sua família para que ele não fizesse isso. De 30 anos, Javeed admitiu as acusações de planeamento de levar a cabo actividades terroristas, disse que queria ir à Síria para ajudar os Sírios comuns. Ele foi preso no dia 30 de Dezembro horas antes de sair do Reino Unido.

Javeed, que ensinava na "Sharples School" em Bolton, tinha estado a preparar-se para abandonar a sua casa em Cringle Road, Levenshulme, depois de ter ajudado o seu irmão mais novo - Mohammed - a fazer a viagem até à Síria. Inicialmente, os familiares do professor frustraram os seus planos escondendo o seu passaporte, mas ele permaneceu imóvel na sua decisão mesmo depois de ficar a saber que a sua esposa estava grávida.

A polícia encontrou £1,490 em dinheiro, luvas térmicas e calças com estilo de combate numa mochila durante uma busca à sua casa. Numa audiência prévia, Javeed admitiu duas ofensas de levar a cabo preparativos para ataques terroristas mas insistiu que iria viajar só para ajudar o povo Sírio e não juntar-se ao Estado Islâmico. Mas no momento em que emitiu a sentença, o Juiz Michael Topolski disse que ele "não estava satisfeito" com o facto de Javeed ter rejeitado "os propósitos finais do Estado Islâmico", e acreditava que ele continuava a ser "um aderente duma forma de pensar jihadista violenta", para além de o considerar "perigoso".

Ele disse que por volta de Outono de 2013 ele havia sido "suficientemente radicalizado e de alguma forma comprometido com a violenta ideologia jihadista que você fazia parte dum grupo de homens jovens que se encontrava determinado a viajar para a Síria para se juntarem ao Estado Islâmico, lutar e morrer por eles". O Kuiz Topolski disse ainda:

Sou de opinião que você não planeava regressar a este país....mas sim morrer, se pudesse, como um mártir.

Ele disse ainda que Javeed desempenhou um "papel importante" ao permitir que o seu irmão mais novo e três outros homens viajasse ate à Síria para lutar.

Um destes jovens homens está, agora, morto e os outros três desapareceram.

Durante o seu julgamento,  o Promotor-Público Simon Denison QC, que fazia a acusação, disse que as evidências indicavam que Javeed "planeava lutar com o grupo terrorista", acrescentando ainda:

Segue-se que a acção que ele tencionava levar a cabo inevitavelmente incluía actos de assassinato, usando armas de fogo e/ou explosivos.

O juri ouviu também gravações feitas em segredo pela família de Javeed, onde se pode ouvir ele a dizer a uma mulher não-identificada o seguinte:

Não me importa o que a polícia pode fazer. Por mim, eles podem-me prender. Não fiz nada de mal. Não estou preocupado com a polícia. Prendam-me. Será que me importa que eles me prendam? ..... Vocês não querem que eu vá, mas mesmo assim eu quero ir. E apesar de tudo, estou pronto a ir.

Quando a sua irmã que lhe perguntou para onde é que ele planeava ir, ele disse:

Para onde eu quiser.

O Juiz Topolski impôs uma pena acrescida de 9 anos, composta por uma prisão custodial de seis anos e uma período estendido de licença de 3 anos. Falando depois da sentença ter sido emitida, Tony Mole da "Greater Manchester Police" disse:

Javeed era, apesar de tudo, um cidadão exemplar, com um emprego responsável, com uma criança e com outra a caminho. No entanto, começando em Agosto do ano passado, o seu comportamento começou a mudar, e num curto espaço de tempo ele começou a apoiar a causa do Estado Islâmico, bem como a causa daqueles que tencionavam viajar para a Síria. Ele havia comprado equipamento que tencionava levar, e havia dado dinheiro para que outros pudessem viajar para lá.

O Juiz Topolski louvou a "corajosa e determinado" família de Javeed por tentar impedir que ele levasse a cabo os seus planos. Semelhantemente, a sua família foi elogiada pelo Superintendente Tony Mole por dar "passos corajosos" no sentido de impedir que ele voasse para a Síria antes da sua prisão.

Fonte: http://www.bbc.com/news/uk-england-31749157

* * * * * *

Jamshed Javeed tinha um emprego, uma esposa grávida, e uma família que se preocupava com ele. O que foi que o motivou a abandonar o seu emprego, a sua esposa grávida, e a sua família e viajar para o Médio Oriente como forma de morrer como um mártir? Será que os ensinamentos de Alá e Maomé tiveram alguma influência?
Alcorão 9:29 - Combatei aqueles que não crêem em Deus e no Dia do Juízo Final, nem abstêm do que Deus e Seu Mensageiro proibiram, e nem professam a verdadeira religião daqueles que receberam o Livro, até que, submissos, paguem o Jizya.

Alcorão 48:29 - Muhammad é o Mensageiro de Deus, e aqueles que estão com ele são severos para com os incrédulos, porém compassivos entre si.
Sahih Muslim 33 - Foi narrado sob a autoridade de Abdullah b. Umar que o Mensageiro de Alá disse: "Fui ordenado a lutar contra as pessoas até que eles testemunhem que não há deus a não ser Alá, que Maomé é o mensageiro de Alá, e eles estabelecerem as rezas, e pagaram a Zakat e se eles fizerem isso, o seu sangue e as suas propriedades encontram-se sob protecção garantida em meu nome, excepto quand for justificado pela lei, e os seus assuntos encontram-se com Alá.

Sahih al-Bukhari 2785 - Narrado por Abu Hurairah: Um homem dirigiu-se ao Mensageiro de Alá e disse: "Oriente-me para tal obra igual à Jihad (em recompensa).” Ele respondeu, "Eu não sei da existência de tal obra.”

Sahih al-Bukhari 2787 - Alá garante que ele irá admitir o Mujahid na sua habitação se ele for morto, ou então Alá irá fazê-lo regressar à sua casa em segurança com recompensas e espólio de guerra.

Sahih al-Bukhari 2795 - Narrado por Anas bin Malik: O Profeta disse: "Ninguém que morre e encontra o bem que vem da parte de Alá (no Além) irá desejar regressar a este mundo, mesmo se lhe fosse dado o mundo e tudo o que se encontra nele - excepto o mártir que, ao observar a superioridade do martírio, desejará regressar ao mundo e ser morto outra vez (pela causa de Alá).”

Sahih al-Bukhari 2796 - Narrado por Anas: O Profeta disse, "Um único esforço (de lutar) pela causa de Alá pela tarde ou manhã é melhor que todo o mundo e o que quer que se encontre nele.”

Sahih al-Bukhari 2797 - Narrado por Abu Hurairah: O Profeta disse,......"Por Aquele em Cujas Mãos a minha alma se encontra! Gostaria de ser martirizado pela  casa de Alá e regressar, e ser martirizado outra vez, e então regressar à vida e ser outra vez martirizado, e regressar à vida, e ser martirizado outra vez.”

Sahih al-Bukhari 2810 - Narrado por Abu Musa: Veio um homem ter com o Profeta e perguntou, “Um homem luta pelo espólio enquanto outro luta pela fama, e um terceiro luta para se exibir; qual deles está dentro da causa de Alá?" O Profeta disse, "Aquele que luta para que a palavra de Alá (isto é, a religião de Alá, o monoteísmo islâmico) seja superior, esse luta pela causa de Alá.”
Será que se um homem for ler estas passagens concluirá que é suposto ele levar a cabo uma jihad? Pelo menos não é isso que os nossos média e os nossos políticos pensam.

Como vários blogues e páginas já alertaram por variadas vezes, o problema encontra-se na teologia islâmica - e não entre os Paquistaneses, ou os Sudaneses, ou os Somalis ou os Árabes. Enquanto os idiotas úteis que se encontram no Ocidente continuarem a assumir que todas as religiões são iguais, e que o islão apenas e só foi "deturpado", eventos como este serão de difícil explicação.

A realidade dos factos é que o islão não é, e nunca será uma religião pacífica. Aliás, chamar de "religião" ao islão é fazer o seu jogo visto que o islão é mais um movimento político do que uma religião no verdadeiro sentido do termo. Mas de qualquer das formas, o importante a reter é que a violência levada a cabo pelos maometanos é reflexo dos ensinamentos presentes no Alcorão, na Tradição (Hadeeth), nas Sirats  e nos exemplos deixados pelos al-Khulafāʾu ar-Rāshidūn.

Com e sem jihadismo

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A perseguição islâmica aos Cristãos é um fenómeno antigo

Por Raymond Ibrahim

Um facto flagrante relativo à perseguição de aproximadamente 100 milhões de Cristãos por todo o mundo é que a maior parte dela está a ser feita por maometanos de todas as raças, nacionalidades, línguas e circunstâncias socio-políticas: maometanos provenientes do "aliado" Americano (Arábia Saudita) e dos inimigos dos Americanos (Irão); maometanos de nações economicamente ricas (Qatar) e de países pobres (Somália, Iémen); maometanos de nações que são "repúblicas islâmicas" (Afeganistão) e de nações "moderadas" (Malásia e Indonésia); maometanos de nações que foram salvas pelos Americanos (Kuwait) e maometanos de nações que têm "ódios" antigos contra os Americanos (insira o nome:______).

Este facto é ressalvado pelo recente relatório da Open Doors - 2015 World Watch List - que salienta e lista as 50 piores nações que se encontram a perseguir os Cristãos. Esse relatório apurou que o "extremismo islâmico" é a principal fonte de perseguição em 40 dos 50 países da lista - isto é, 80% das nações onde os Cristãos vivem sob perseguição são países maometanos. Em relação aos 10 piores países onde há perseguição aos Cristãos, 9 de entre eles são países com maioria maometana - isto é, 90% das nações onde os Cristãos sofrem "perseguição extrema" são islâmicas.

Mas mesmo assim, levando em conta que a 2015 World Watch List tem a Coreia do Norte - um país comunista e não-islâmico - como o país mais perseguidor de Cristãos, porquê o ataque à identidade dos maometanos? Certamente que a perseguição aos Cristãos não é algo intrínseco do mundo maometano, mas sim um produto de regimes opressores e de outros factores socio-económicos - tal como o exemplo da Coreia do Norte sugere, e tal como muitos analistas e fontes mediáticas subscrevem, certo?

Neste ponto, temos que fazer distinções importantes e muitas vezes confundidas.

Embora os Cristãos sejam de facto vítimas de perseguição extrema na Coreia do Norte, este tipo de perseguição engloba-se dentro da perseguição temporal e aberrante visto que um simples derrube do regime Norte-Coreano muito provavelmente iria colocar um ponto final à perseguição dum dia para o outro - tal como a queda da União Soviética Comunista testemunhou a perseguição religiosa a chegar ao fim rapidamente

No entanto, no mundo islâmico tal cenário não iria aliviar em nada o sofrimento do Cristãos. O mais provável é o contrário: sempre que os ditadores caem (frequentemente graças à intervenção dos Americanos) - Saddam no Iraque, Qaddafi na Líbia, uma tentativa em curso com Assad na Síria - a perseguição aos Cristãos aumenta de modo dramático. Actualmente, o Iraque é o 3º país que mais persegue os Cristãos, Síria o 4º e a Líbia o 13º.

O motivo para esta dicotomia é que a perseguição aos Cristãos feita pelos não-maometanos (na sua maioria, comunistas) está frequentemente enraizada num regime particular. Por outro lado, a perseguição aos Cristãos feita pelos maometanos não só é perene e existencial, transcendendo em muito este ou aquele regime, ou este ou aquele ditador, como faz parte da história, das doutrinas e da composição socio-política do islão; isto justifica a sua tenacidade e a sua ubiquidade.

Para além disso, o comunismo ateísta é um fenómeno relativamente novo - com cerca de 1 século - e, com o passar dos anos, o seu domínio (ou as variações da sua ideologia) tem diminuído muito, levando a que só um punhado de nações sejam hoje em dia comunistas.  Ao contrário disto, a perseguição islâmica aos Cristãos é tão antiga como o islão, e, apesar da supressão, sendo uma história bem documentada.

Para se compreender ainda mais as distinções entre a perseguição temporal e a perseguição existencial, levemos em conta a Rússia. Sob o comunismo, os Cristãos Russos foram fortemente perseguidos, no entanto hoje, depois da queda da União Soviética, a Rússia está a reclamar de volta a sua herança Cristã Ortodoxa (sendo proeminente entre as nações Ocidentais por revelar o seu apoio aos Cristãos vítimas de perseguição).

A Coreia do Norte - onde Kim Jong-Un é adorado como um deus e as pessoas encontram-se "protegidas" da realidade - parece estar a experimentar o que a Rússia sofreu sob a União Soviética. Mas se a até outrora-poderosa União Soviética  não conseguiu sobreviver, certamente que é uma questão de tempo até que as pequenas paredes da Coreia do Norte se desmoronem, com a consequente liberdade religiosa que as antigas nações comunistas têm experimentado. (De modo bem revelador, os únicos países da antiga União Soviética que ainda perseguem os Cristãos são países islâmicos, tais como o Uzbequistão, classificado como o 15º país que mais persegue os Cristãos, e o   Turcomenistão, o 20º - países onde há uma "perseguição severa" aos Cristãos.)

No entanto, o tempo não está do lado dos Cristãos que vivem entre os maometanos; é bem ao contrário. As histórias compiladas por maometanos medievais objectivos tornam bastante claro o facto de que, século após século de perseguição religiosa e discriminação são responsáveis por transformar um território que no século 7º era metade do mundo Cristão - Egipto, Síria, Turquia, Norte da África - no que é hoje casualmente chamado de o "mundo muçulmano".

Um exemplo: na autoritária história do Egipto escrita por Taqi al-Din al-Maqrizi’s (c. 1442) - Egipto que era um centro Cristão enorme antes da invasão maometana - são recordadas histórias após histórias de maometanos a queimar igrejas, matar Cristãos, e escravizar as suas mulheres e crianças. A única forma de evitar isto por essa altura, tal como o é hoje em dia - algo que grupos como o Estado Islâmico deixam bem claro - era a conversão ao islamismo. Depois de registar um ataque forte de perseguição, onde alegadamente mais de 30,000 igrejas na Síria e no Egipto foram destruídas, o piedoso historiador maometanos conclui:

Devido a estas circunstâncias, muitos Cristãos tornaram-se muçulmanos.

Resumidamente, a perseguição islâmica feita aos Cristãos existe actualmente em 40 países como algo que faz parte dum continuo - ou "tradição" - que teve início há 14 séculos atrás. Tal como eu documentei em Crucified Again: Exposing Islam’s New War on Christians (onde as histórias de al-Maqrizi são referenciadas entre as páginas 39 e 41), o mesmo padrão de perseguição que existe no mundo maometano de hoje é idêntico ao dos séculos passados.

Uma consideração final: a Coreia do Norte, o único país não-maometano que faz parte dos 10 países que mais perseguem os Cristãos, é governado por alguém que é visto como um megalomaníaco desequilibrado. Por outro lado, as outras 9 nações não não dominadas por qualquer "culto-de-personalidade", sendo, em vez disso, governadas de forma variada, incluindo democracias parlamentares (Iraque), repúblicas (Nigéria, Paquistão, Somália, Sudão, Síria), repúblicas islâmicas (Afeganistão, Irão), partidos-únicos (Eritreia), e monarquias (Arábia Saudita, classificado no 12º lugar). 

O denominador comum é que são todas nações islâmicas.

Portanto, a menos que haja um milagre (por parte da intervenção Ocidental ou reforma islâmica), muito depois do psicótico Kim Jong-Un já estar morto, dezenas de milhões de Cristãos e outros "infiéis" continuarão a sofrer perseguição extrema, até que o que teve início no 7º século atinja a sua plenitude e todo o mundo islâmico se torne "vazio de infiéis"

- http://goo.gl/Nq13r9

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Estado Islâmico cita o Alcorão para justificar a violação de menores

Por World Net Daily

Depois de causar um tumulto por ter tomado as mulheres e as meninas Yazidi como escravas sexuais no Iraque, o grupo islâmico jihadista com o nome de Estado Islâmico do Iraque e do Levante emitiu um panfleto justificando as suas acções citando o seu livro sagrado - o Alcorão - e os estudiosos islâmicos tidos como autoritários. O EIIL, que começou a identificar-se apenas como Estado Islâmico depois de estabelecer um califado nas áreas conquistas na Síria e no Iraque, publicou um panfleto através do seu  Departamento de Pesquisa e de Fatwa.

Uma tradução do panfleto foi publicado pelo Jihad and Terrorism Threat Monitor do Middle East Media Institute. Intitulado de “Perguntas e Respostas em Torno da Tomada de Cativas e Escravas", o panfleto declara que o islão permite aos soldados conquistadores ter relações sexuais com as escravas não-muçulmanas, incluindo jovens raparigas, e permite também que elas sejam espancadas e comercializadas.

Uma das questões presentes é se é permitido ou não ter relações sexuais com uma escrava que ainda não atingiu a puberdade. O panfleto do Estado Islâmico diz:

É permitido ter relações sexuais com uma escrava que ainda não atingiu a puberdade, se ela se encontrar pronta para as relações sexuais; no entanto, se ela não estiver apta para a relação sexual, então é suficiente desfrutar dela sem que haja uma relação sexual.

Segundo as Nações Unidas, em Agosto último, o Estado Islâmico deteve mais de 5,000 mulheres Yazidis no Norte do Iraque depois de matar milhares de membros desta seita religiosa. Segundo uma testemunha que falou com a CNN em Novembro, as raparigas mais jovens foram separadas das mais velhas, e transportadas por autocarro até Mosul, onde foram colocadas em casas com três andares com centenas de outras jovens raparigas. Ocasionalmente, os homens do Estado Islâmico vinham e escolhiam até 3 ou 4 raparigas duma só vez para levar para casa. Nazand Begikhni, conselheiro para o Governo Regional Curdo, disse o seguinte à CNN:

Estas mulheres têm sido tratadas como gado. Elas têm sido sujeitas à violência física e sexual, incluindo violações sistemáticas e escravatura sexual. Eles foram expostas nos mercados de Mosul e em Raqqa, Síria.

As perguntas contidas no panfleto do Estado Islâmico:

Pergunta 1: O que é o al-sabi?

Al-Sabi é a mulher que faz parte dos ahl al-harb (o povo da guerra) que foi capturada pelos muçulmanos.

Pergunta 2
: O que é que faz a al-sabi admissível?

O que faz com que a al-sabi seja admissível (isto é, o que faz com que seja permitido tomá-le como mulher cativa) é a sua descrença. As mulheres descrentes que foram capturadas e trazidas até a moradia do islão são admissíveis para nós, depois do imã as distribuir (entre nós).

Pergunta 3: Podem as mulheres descrentes ser tomadas como cativas?

Não há qualquer disputa entre os estudiosos que é permitido capturar as mulheres descrentes, caracterizadas pela descrença original - kufrasli - tais como thekitabiyat (mulheres de entre os Povos do Livro isto é, Judeus e Cristãos) e politeístas. No entanto, os estudiosos não têm concordância em torno do facto da captura das mulheres apóstatas. O consenso inclina-se na proibição, embora algumas pessoas com conhecimento pensem que é permissível. Nós (Estado Islâmico) estamos mais inclinados em aceitar o consenso.

Pergunta 4: É permitido ter relações sexuais com uma cativa?

É permitido ter relações sexuais com a mulher cativa. Alá todo poderoso disse: "[É certo que prosperarão os fiéis] que observam a castidade, Exceto para os seus cônjuges ou cativas - nisso não serão reprovados. (Alcorão 23:5-6)

Pergunta 5: é permitido ter relações sexuais logo após a ter tomado a sua posse?

Se for virgem, o seu dono pode ter relações sexuais com ela imediatamente depois de tomar a sua posse. No entanto, se ela não for virgem, então o seu útero tem que ser (primeiro) purificado.

Pergunta 6: É permitido vender uma cativa?

É permitido comprar, vender ou dar como prenda uma cativa e escrava, visto que ela nada mais é que propriedade da qual se pode ver livre, desde que isso não cause qualquer dano ou prejuízo à ummah [comunidade muçulmana].

Pergunta 7: É permitido separar a mãe dos seus filhos através do acto de compra e venda?

Não é permitido separar a mãe dos filhos pré-púberes através da compra, venda ou oferta da cativa ou escrava. Mas é permissível separar a mãe dos filhos se estes forem crescidos e maduros.

Pergunta 8: Se dous ou mais homens compram (juntos) uma cativa, torna-se ela sexualmente admissível para cada um deles?

É proibido ter relações sexuais com uma cativa se o dono não for dono exclusivo dela. Aquele que é dono duma cativa não pode ter relações sexuais com ela até que os outros donos à vendam ou ofereçam a sua parte.

Pergunta 9: Se uma mulher cativa for engravidada pelo seu dono, pode ele vendê-la?

Ele não a pode vender se ela se tornar mãe duma criança.

Pergunta 10: Se um homem morre, qual é a lei em torno da mulher cativa da qual ele era o dono?

As mulheres cativas são distribuídas como parte da sua propriedade, tal como outras partes das suas propriedades são distribuídas. No entanto, elas só podem disponibilizar serviços, en não relações sexuais, se por acaso se o pai ou um dos filhos já teve relações sexuais com elas, ou se várias pessoas as herdarem em parceria.

Pergunta 11: Pode um homem ter relações sexuais com a escrava da sua esposa?

O homem não pode ter relações sexuais com a escrava da sua esposa porque ela é propriedade doutra pessoa.

Pergunta 12: Pode um homem beijar a escrava do outra pessoa, mas com a autorização deste?

O homem não pode beijar a mulher escrava de outra pessoa, visto que o acto de beijar envolve o prazer, e o prazer é proibido excepto se o homem for dono exclusivo dela.

Pergunta 13: É permitido ter relações sexuais com uma escrava que ainda não atingiu a puberdade?

É permitido ter relações sexuais com uma escrava que ainda nao atingiu a puberdade, se ela estiver apta para a relação sexual; no entanto, se ela não se encontrar apto, então é suficiente desfrutar dela sem ter relações sexuais.

Pergunta 14: Quais as partes privadas do corpo da escrava que têm que ser cobertas durante as rezas?

As partes privadas que têm que ser escondidas durante as rezas são as mesmas que têm que ser escondidas noutras ocasiões, e elas incluem tudo excepto a cabeça, o pescoço, as mãos e os pés.

Pergunta 15: Pode uma escrava encontrar-e com um homem estranho sem usar o hijab?

A escrava pode expor a sua cabeça, pescoço, mãos e pés à ffrente de homens estranhos se a fitna (sedução/tentação/encanto) puder ser evitado. No entanto, se a fitna estiver presente, então isso (isto é, expor o seu corpo) torna-se proibido.

Pergunta 16: Podem duas irmãs ser tomadas juntas como escravas?

É permitido ter duas irmãs, uma escravas e a sua tua (irmã do seu pai), ou uma escrava e a sua tia (do lado da sua mãe). Mas elas não podem estar ambas juntas durante a relação sexual, e quem quer que tenha relações com uma não pode ter sexo com a outra devido o consenso geral sobre da proibição em torno disto.

Pergunta 17: O que é al-azl?

Al-azl é refrear-se de ejacular sobre o pudendum da mulher (isto é, coitus interruptus)

Pergunta 18: Pode um homem usar a técnica al-azl com a sua escrava?

O homem pode usar o al-azl durante a relação sexual com ou sem a sua permissão.

Pergunta 19: É permitido bater na escrava?

É permitido bater na escrava como forma de darb tadeeb (espancamento disciplinar), mas é proibido usar o darb al-takseer (literalmente, espancamento violento), darb al-tashaffi (bater com o propósito de obter gratificação), ou darb al-tadheeb (espancamento de tortura). Para além disso, é proibido bater na cara.

Pergunta 20: Qual é a decisão legal relativa à escrava que foge do seu dono?

Um escravo ou uma escrava que foged do seu dono comete um dos pecados mais graves que existe.

Pergunta 21: Qual é o castigo terreno para a escrava que foge do seu dono?

Ela não tem qualquer castigo estipulado seguindo a sharia de Alá; no entanto, ela tem que ser repreendida de tal forma que impeça outras como ela de fugir.

Pergunta 22: É permitido casar uma escrava muçulmana ou uma escrava kitabiyya (isto é, Judia ou Cristã)?

Não é permitido um homem livre casar-se com uma escrava muçulmana ou kitabiyat, excepto aqueles homens que temam cair em pecado, o pecado da fornicação.

Pergunta 24: Se um homem se casa com uma escrava cujo dono é outra pessoa, quem tem a permissão para ter sexo com ela?

Um dono está proibido de ter relações sexuais com a sua escrava que é casada com outra pessoa, mas em vez disso, o dono recebe o seu serviço, enquanto que o marido disfruta dela sexualmente.

Pergunta 25: São os huddoud (castigos alcorânicos) aplicados às escravas?

Se a mulher escrava cometer o que exigia a aplicação da hadd sobre ela, uma hadd é então aplicada a ela - no entanto, a hadd é reduzida em metade dentro da hudud que aceita a redução para metade.

Pergunta 27: Qual é a recompensa por libertar uma mulher escrava?

Alá o exaltado disse no Alcorão: O que é que te pode fazer saber o que é atravessar a passagem difícil (inferno)? E o profeta Maomé disse: "Quem quer que liberte um crente, Alá liberta todos os órgãos do seu corpo do inferno."

* * * * * * *

Como dito várias vezes, independentemente do Estado Islâmico muito provavelmente ser uma criação dos adversários geo-políticos do presidente da Síria, a barbaridade deste grupo islâmico está em perfeito acordo com os ensinamentos do Alcorão e com o exemplo de Maomé. Nada do que o Estado Islâmico faz às suas imensas vítimas contradiz o islão.

domingo, 16 de novembro de 2014

O terrorismo dos grupos islâmicos está acordo com o exemplo de Maomé?

Por Raymond Ibrahim

Qual é a relação entre o Estado Islâmico, EIIL, com o Islão? A resposta da maioria dos políticos ocidentais é: “Nenhuma.” O presidente dos Estados Unidos, Barack Hussein Obama, declarou de forma firme que o Estado Islâmico não é "Islâmico". Devido a isto, convém perguntar: o que é e o que não é islâmico?

O processo tradicional - a resposta islâmica - é o seguinte: O que é que os textos centrais e as escrituras islâmicos dizem sobre o ponto em questão? Será que o Alcorão, tido pelos muçulmanos como livro que contém os comandos literais de Alá, apela ou justifica o ponto em questão? Será que os textos das hadiths e das siras - que alegam conter os ditados e os actos do profeta de Alá, que o Alcorão coloca como exemplo a ser emulado pelos muçulmanos (Alcorão 33:21) - apelam ou justificam o ponto em questão?

Se ainda permanecer alguma ambiguidade, o próximo passo é: qual é o consenso (ijma) entre as autoridades principais do mundo islâmico em relação a isto? Neste ponto, é comum termos que nos voltar para as tafsirs, as exegeses dos homens mais eruditos dentro do islão - a ulema - e levar em contra as suas conclusões. O próprio Maomé alegadamente disse que "a minha umma [nação islâmica] nunca está de acordo em relação a um erro."

Por exemplo, o Alcorão ordena aos crentes que respeitem as rezas; conformemente, todos concordam que os muçulmanos têm que rezar. Mas o Alcorão não específica o número de vezes. No entanto, nas hadith e na sira Maomé deixa bem claro que se deve rezar cinco vezes por dia, e a ulema, havendo considerado tais textos, concorda que os muçulmanos têm que rezar cinco vezes por dia. Logo, certamente que rezar cinco vezes por dia é um acto islâmico.

Embora os políticos Ocidentais e os apologistas islâmicos Ocidentais prontamente aceitem tal metodologia para determinar o que é islâmico - as rezas estão no Alcorão, Maomé esclareceu a sua implementação nas hadith, e a ulema está de acordo em relação a isso - sempre que a questão lida com coisas que colocam o islão sob "má luz" segundo as sensibilidades [esquerdistas] Ocidentais, então a abordagem-padrão mencionada em cima, criada para se estabelecer o que é islâmico, é totalmente ignorada.

Consideremos alguns dos actos mais extremos cometidos pelo Estado Islâmico - decapitações, crucificações, escravizações, predação sexual, massacres, e a perseguição de minorias religiosas - e testá-las à luz da tradicional metodologia islâmica . Iremos analisar se estes actos  estão de acordo com o critério islâmico, especialmente dentro do contexto da jihad - que tem a sua própria regra de conduta.

Decapitações

O Estado Islâmico decapita os "Infiéis" - incluindo mulheres e crianças. Este aspecto do Estado Islâmico provocou o horror um pouco por todo o mundo, mas o que eles fizeram é islâmico ou não? O Alcorão apela para a decapitação dos inimigos do islão, especialmente dentro dum contexto bélico, ou jihad:

"E quando vos enfrentardes com os incrédulos, (em batalha), golpeai-lhes os pescoços, até que os tenhais dominado, e tomai (os sobreviventes) como prisioneiros." (47:4)

Outra ayah declara:
"E de quando o teu Senhor revelou aos anjos: Estou convosco; firmeza, pois, aos fiéis! Logo infundirei o terror nos corações dos incrédulos; decapitai-os e decepai-lhes os dedos!" (8:12).
E em relação ao outro critério - o exemplo do "profeta" e o onsenso da umma -  Timothy Furnish, autor do ensaio de com o título de “Beheading in the Name of Islam,” escreve:
A práctica da decapitação de cativos não-muçulmanos remonta até ao tempo do profeta. Ibn Ishaq (d. 768 C.E.), o mais antigo biógrafo de Moamé, registou a forma como o profeta ordenou a execução através da decapitação de 700 homens da tribo Judaica de Banu Qurayza em Medina por uma alegada conspiração contra ele. Os líderes islâmicos desde os tempos de Maomé até aos dias de hoje seguiram este modelo. Exemplos de decapitações, tanto dos vivos como dos mortos, dentro da história islâmica são uma miríade. (...) Durante séculos os principais estudiosos interpretaram este versículo [47:4, o versículo da decapitação] de forma literal. (....) Muitas interpretações recentes permaneceram consistentes com aqueles de há mais de mil anos atrás.
Crucificações

Com regularidade, o Estado Islâmico crucifica pessoas inocentes; os órgãos de informação mainstream alegam que até a al-Qaeda está “chocada” com tal comportamento. No entanto, o Alcorão declara na sura 5:33 o seguinte:
O castigo, para aqueles que lutam contra Deus e contra o Seu Mensageiro e semeiam a corrupção na terra, é que sejam mortos, ou crucificados, ou lhes seja decepada a mão e o pé opostos, ou banidos. Tal será, para eles, um aviltamento nesse mundo e, no outro, sofrerão um severo castigo.
Consequentemente, as crucificações são comuns por toda a história islâmica. Depois do "profeta" do islão ter morrido em 632 [envenenado por uma mulher judia], muitos Árabes foram acusados de apostasia. O primeiro califa, Abu Bakr, deu então início a uma jihad contra eles e muitos "apóstatas" foram crucificados como um exemplo para os demais. No livro Witnesses For Christ: Orthodox Christian Neomartyrs of the Ottoman Period 1437-1860, a crucificação é listada como uma das muitas formas através das quais os Cristãos foram executados pelos muçulmanos Turcos. 

Mais dramático ainda, no seu livro de memórias Ravished Armenia, Aurora Mardiganian descreveu a forma como observou 16 raparigas crucificadas e os abutres a comerem os seus corpos mortos - tudo isto no início de século 20 e na cidade de Malatia:
Cada uma das raparigas havia sido pregada à cruz viva, cravos espetados nos pés e nas mãos..... Só o seu cabelo, agitado pelo vento, cobria os seus corpos.
Mais recentemente, algumas pessoas (incluindo crianças) foram crucificadas pelos auto-proclamados Jihadistas em nome do islão em países tão diversos como a Costa do Marfim e o Iémen.

Escravatura e Violação Sexual

O que dizer da escravatura, especialmente a escravatura de mulheres não-muçulmanas para propósitos sexuais que está a ser levada a cabo pelo Estado Islâmico? Partindo da mais elevada autoridade escritural dentro do islão - o Alcorão -, passando pelo ao maior exemplo comportamental para os muçulmanos - o "profeta" Maomé - e levando em conta a história islâmica e os eventos mais recentes, a escravização sexual das mulheres "infiéis" é um aspecto canónico dentro da civilização islâmica. O Alcorão 4:3 permite que os muçulmanos tenham relações sexuais com "o que tendes à mão", termo categoricamente definido pela ulema como as mulheres "infiéis" capturadas durante a jihad.

O próprio "profeta" do islão manteve concubinas conquistadas durante a jihad, e teve relações sexuais com elas. Uma mulher Judia com o nome de Safiya bint Huyay foi dada em "casamento" a Maomé imediatamente após o seu pai, o marido e os irmãos terem sido chacinados pelos muçulmanos durante o raid à sua tribo. Maomé tomou-a como despojo de guerra depois de ficar a saber da beleza da jovem mulher. Sem surpresa alguma, ela mais tarde confessou, "De todos os homens, aquele que eu mais odiava era o profeta uma vez que ele matou o meu marido, o meu irmão, e o meu pai" pouco antes de ter "casado" (ou, menos eufemísticamente, "violado") com ela.

Khalid bin Walid - a "espada de Alá" e herói para todos os que aspiram a ser jihadistas - violou outra mulher conhecida pela sua beleza no campo de batalha, com o nome de Layla, pouco depois de ter cortado a cabeça "apóstata" do seu marido, a ter incendiado, e ter cozinhado o seu jantar sobre esse fogo.

Massacres

O que dizer dos massacres em larga escala? Neste video, o Estado Islâmico parecer reunir, humilhar e marchar centenas de reféns masculinos (cujo número disponibilizado é o de 1400) para as suas trincheiras, onde o Estado Islâmico procede disparando contra a cabeça de cada um - ao mesmo tempo que a bandeira negra do islão é agitada.

O próprio "profeta" ordenou o massacre cruel de "infiéis"; depois da batalha de Badr, onde Maomé e os primeiros maometanos prevalecerem sobre os seus inimigos, Maomé ordenou a execução de alguns dos reféns. Quando um dos reféns, com o nome de ‘Uqba, implorou a Maomé para poupar a sua vida, perguntando "Mas, Ó Maomé, quem irá olhar pelos meus filhos?", o "profeta respondeu, “o inferno.”

Ainda mais conhecida é a ordem de Maomé para a execução de aproximadamente 700 homens Judeus da tribo de Banu Qurayza. Segundo a descrição da sira, depois da tribo Judaica se ter rendido depois do cerco, Maomé ordenou que todos os homens fossem levados para onde valas haviam sido escavadas, onde prontamente ele os decapitou - tal como o Estado Islâmico marchou e executou as suas vítimas nas trincheiras tal como observado neste video.


Dhimmitude

O Estado Islâmico é também responsável por ressuscitar uma distinta instituição islâmica que foi banida no século 19, graças à intervenção das forças coloniais: a “dhimmitude.” O estabelecimento da dhimmitude é a práctica de exigir um tributo (jizya) da parte dos Cristãos e Judeus conquistados, e sujeitá-los a uma vida de cidadãos de terceira categoria. Ambos os grupos têm que aceitar uma gama de medidas debilitantes e humilhantes: não podem construir ou reparar igrejas, não podem ter sinos nas igrejas ou adorar de forma ruidosa, não podem exibir cruzes, não podem enterrar os seus mortos perto dos muçulmanos, etc.

Estas medidas derivam também dos principais textos islâmicos; o Alcorão 9:29 apela aos muçulmanos que lutem contra "O Povo do Livro" (interpretado como os Cristãos e os Judeus) "até que, submissos, paguem o Jizya". E as Condições de Omar - nomeado segundo um dos "califas piedosos" - explica a forma como eles têm que "se sentir subjugados", que é precisamente o que o Estado Islâmico decretou.

As ulemas do passado e as do presente confirmaram que o Alcorão 9:29 e as Condições de Omar têm o significado literal. Logo, segundo o Sheikh Saudita Marzouk Salem al-Ghamdi, falando durante um sermão de Sexta-Feira:
Se os infiéis vivem entre os muçulmanos, segundo as condições estabelecidas pelo profeta - não há nada de errado com isso, desde que eles paguem o Jizya ao erário islâmico. As outras condições [em referência às Condições de Omar] são .. que eles não renovem a igreja ou o mosteiro, não reconstruam as que foram destruídas ... que dêem o seu lugar aos muçulmanos, se estes se quiserem sentar .... que não exibam a sua cruz, que não façam soar os sinos da igreja, que não levantem as suas vozes durante as suas orações ..... Se eles violarem estas condições, eles ficam sem protecção.
É falso afirmar, como o fez o presidente Obama, que o Estado Islâmico "não é islâmico". Na realidade, até os detalhes mais bárbaros - incluindo a exibição pública dos mutilados corpos dos "infiéis", rindo e posando com as suas cabeças decapitadas - têm o apoio no Alcorão e nas histórias em torno do "profeta".

É desonesto aceitar a metodologia da jurisprudência islâmica - "X faz parte do Alcorão, das hadith, das sira, e é isso consensual entre a ulema?" - só para rejeitar essa mesma metodologia sempre que X coloca o islão sob "má luz". Dentro do contexto da jihad, tudo o que o Estado Islâmico está a fazer - decapitações, crucificações, massacres, escravizações e subjugação de minorias religiosas - está de acordo com o islão, e desde logo, são actos islâmicos.

Fonte: http://bit.ly/1Df83vt

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Curdos: "Fomos roubados pelos nosso vizinhos Árabes"

Refugiados Curdos-Sírios relembram a forma como os seus vizinhos Árabes, em quem eles confiavam, se voltaram contra eles e furtaram as suas propriedades quando os jihadistas do Estado Islâmico invadiram as suas terras. Os lenços usados pelos homens que pilhavam a casa de Hassan Khashman e dos seus amigos Curdos, à medida que eles desesperadamente fugiam dos jihadistas invasores, escondiam as suas faces mas não as suas identidades.

O senhor Khashman, de 40 anos, agricultor, relembrando a visão das pessoas com quem tinha vivido lado a lado toda a sua vida a tratar as suas posses como coisas passíveis de serem levadas (como se fossem suas) enquanto a sua família fugia da povoação etnicamente mista de Kanaiyah como forma de proteger as suas vida, afirma:

Estas eram pessoas que nós todos conhecíamos, nossos vizinhos. .... Vimos Árabes a entrar na nossa casa e a roubar as nossas coisas. Alguns tentaram até roubar a nossa comida enquanto outros tentaram vender as nossas posses nos mercados locais. 

Histórias semelhantes são normais entre os milhares de Curdos que abandonaram a sitiada povoação de Kobane, e zonas circundantes, para a vizinha Turquia, à medida que a região foi varrida pelos impiedosos e ideologicamente motivados combatentes fervorosos do Estado Islâmico do Iraque e do Levante [EIIL]. Juntando-se à dor de ser forçado a sair das suas terras ancestrais está o roubo das suas posses - incluindo carros, animais do campo e casas - por parte de pessoas em que eles pensavam que poderiam confiar.

Muito descrevem a forma como os vizinhos [Árabes], que eles consideravam "irmãos", terem subitamente mudado de atitude, e se terem oferecido para se tornarem informadores locais - e até combatentes - para as forças maioritariamente estrangeiras do EIIL, à medida que eles varriam povoação atrás de povoação à caminho para Kobane - a zona fronteiriça-chave onde as milícias Curdas estão a combater o seu último ponto-sem-retorno.

Mostafa Bakr, de 33 anos, ferreiro de Nour Ali - povoação próxima de Kobane - que se encontra a viver num superlotado campo de refugiados na cidade fronteiriça Turca com o nome de Suruc, afirmou:

Eles [os Árabes locais] começaram por agir como guias para o EIIL, dizendo coisas como "esta é Curda, aquela vila é Curda, esta é a casa dum combatente dos YPG [milícia Curda]."


Em troca, segundo Mostafa Bakr, os voluntários Árabes receberam carta branca para roubar os Curdos:

Através dos altifalantes da mesquita, eles disseram que tudo o que pertence aos Curdos é halal [permitido] para ser roubado. Disseram "Allahu akbar" três vezes e eu testemunhei eles a dizerem que tudo o que pertence aos Curdos é halal.

Os Curdos dizem que o propósito é provocar uma alteração demográfica equivalente a uma limpeza étnica no norte da Síria, onde existem três Cantões Curdos maioritariamente autónomos.

Eles querem fazer desta área uma área puramente Árabe.

Esta posição é confirmada pelos oficiais Curdos, que afirmam que os Curdos que se recusaram a fugir na zona, baseando-se na crença de que a sua falta de posição política os haveria de salvar, estão a ser expulsos pelo EIIL. Idris Nassan, vice-chanceler Curdo, também exilado na Turquia, afirmou:

Eles [os jihadistas do EIIL] ordenaram que os Curdos de mais de 10 povoações abandonassem as suas casas no espaço duma semana. Numa povoação, Zarek, a cerca de 16 milhas de Kobane, eles substituíram todos os Curdos por Árabes. Esta povoação era importante, tendo a sua panificadora automatizada que providenciava trigo e farinha. Existem centenas de combatentes de povoações e aldeias vizinhas que se juntaram ao EIIL e foram até Kobane para roubar as propriedades das pessoas.

No entanto, o conflicto não é só entre Árabes contra Curdos visto que muitos Sírios Árabes fugiram também perante o avanço do EIIL e estão actualmente e viver em campos de refugiados ao lado dos seus compatriotras Curdos. Alguns Árabes foram vitimizados por terem parentes Curdos, tal como aconteceu com Jasm Mohammed, de 60 anos, que afirmou que foi forçado a fugir quando os Árabes locais o caracterizaram como alguém simpatético com a milícia Curda com o nome de YPG:

Eu viajava para a frente e para trás da minha povoação em al-Jasmiyeh para Dir Bazim, que é Curda, porque a minha filha casou-se com um Curdo e vivia lá. O meu primo avisou-me para sair daqui depois da chegada do EIIL, e disse-me que eu era procurado porque eu visitava uma povoaçâo Curda com regularidade. Eles querem criar uma divisão entre os Curdos e os Árabes.

O EIIL tem alguns Curdos na suas fileiras. Um deles, Khatab al-Kurdi, da cidade Iraquiana de Halabja, liderava o assalto a Kobane mas, segundo activistas Curdos-Sírios,  crê-se que tenha sido morto durante combates recentes. Mohammed Amin, um advogado Curdo-Sírio, encontra-se actualmente na posição de juiz numa administração sob o controle do EIIL numa povoação a 20 milhas de Kobane.

Mas mesmo assim, dizem os Curdos, mesmo que nem todos os Árabes tenham traído os seus vizinhos Curdos, a batalha tem conotações étnicas tangíveis. Diz-se que residentes de povoações Árabes próximas disparam tiros para o ar em celebração sempre que um míssil atinge Kobane. Marwan Islamil Osman, activista politica de Kobane, afirmou:

No passado, nós éramos amigos dos nossos vizinhos Árabes e estudávamos na universidade com eles. Mas eles [os Árabes] não têm lealdades fortes. Durante mais de 35 anos, eles colocaram-se do lado do partido Ba'ath [que se encontra no poder] na opressão feita por estes ao povo. Agora, eles estão a fazer o mesmo para o EIIL Oitenta por cento deles [Árabes] são assim. Se por acaso os Curdos voltarem para as suas terras e para suas povoações, temo que ocorram actos de vingança - e creio que os Árabes irão fugir.

Fonte: http://bit.ly/1wbQv1c


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Claro que os Curdos têm razão ao atacarem o racismo Árabe, mas eles não se apercebem que esse racismo só foi exacerbado pela ideologia islâmica que eles tanto adoram e veneram.

O islão, dito de forma clara, é um movimento supremacista Árabe, mascarado de religião, com o proposito único de estabelecer um regime político Árabe onde quer que seja possível.

As minorias étnicas são pragmaticamente "toleradas", mas o seu estatuto inferior nunca deixa de ser ressalvado - mesmo que elas sejam da fé islâmica.

Em caso de dúvida, perguntem aos oriundos do Bangladesh como é que eles são tratados nos países do Golfo Pérsico.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Muçulmano esfaqueia irmã por não usar o hijab

Homem de Pankisi Gorge esfaqueou a sua irmã no peito com uma faca por esta se recusar o hijab. A polícia local declarou que o irmão, de 35 anos, infligiu 7 ferimentos na sua irmã de 33 anos. Pankisi Gorge encontra-se no nordeste da Geórgia e a maioria da população local pertence aos Kists, um subgrupo de Chechenos aderente da variante sunita do islão. A mulher ferida foi alvo de cirurgia de emergência no hospital local, enquanto que o seu irmão foi preso e se encontra actualmente sob investigação por tentativa de homicídio.

A mulher esfaqueada trabalhou por muitos anos como oficial da polícia na delegacia de Duisi mas deixou esse posto em Fevereiro para começar a trabalhar na administração da escola local. Segundo alguns locais, a mulher deixou a polícia sob pressão do irmão. Nesta pequena mas extremamente unida comunidade nem os familiares nem os parentes estão dispostos a tecer comentários em torno deste assunto. Segundo algumas notícias, o irmão sofre de problemas mentais.

Pankisi Gorge, que tem cerca de 7,000 Kists, assistiu durante as últimas duas décadas a propagação do islão radical – Wahhabismo, ou Salafismo, especialmente entre os jovens - que está gradualmente a tomar o lugar do islão tradicional. Isto causa conflictos entre as gerações mais antigas e as mais novas visto que as gerações mais antigas seguem o adat,  um código de conduta islâmico mais tradicional e mais moderado, presente em muitos grupos étnicos do Cáucaso.

Este conflicto veio à tona em Duisi, o centro administrativo do vale de Pankisi, onde os muçulmanos moderados e os radicais frequentam mesquita distintas. Por volta de Dezembro de 2013, os mais idosos disseram que entre 80 a 90% dos jovens seguem o Wahhabismo, o que é a sua maior preocupação. Em Duisi, havia também uma prevalência de jovens barbudos, vestidos com um estilo especificamente ortodoxo.

Embora muitas pessoas tenham um estilo de vida mais moderado, a ascenção do radicalismo é bem visível e a proeminência de homens Pankisi entre os escalões mais elevados dos terroristas do Médio Oriente é prova disso. Alguns dos líderes islamitas mais infames entre os grupos actualmente em actividade no Médio Oriente são de Pankisi Gorge. Um deles, Tarkhan Batirashvili, também conhecido como Umar al-Shishani, lidera uma das facções militares do Estado Islâmico na Síria, embora também participe de modo activo nas hostilidades no Iraque.

Outro islamita que também é de Pankisi Gorge é Murad (Muslim) Margoshvili, também conhecido como Muslim al-Shishani, comandante do grupo Junud al-Sham, afiliado à frente al-Nursa, ramo oficial da al-Qaeda na Síria e designado pelos Estados Unidos como grupo terrorista. Não existem dados oficias do número de Kists de Pankisi que estão a lutar no Médio Oriente; segundo alguns dados, o número vai de "varias dúzias" a "centenas".

Segundo a  Kakheti Information Center (ick.ge), seis homens de Pankisi já morreram na Síria até agora. Um deles era o proeminente comandante de campo Ruslan Machalikashvili, isto é, Seyphullah al-Shishani que em Fevereiro último foi atingido por um morteiro (ver vídeo).


Fonte da Noticia: http://bit.ly/10waeg4

sábado, 18 de outubro de 2014

Fábio - o jihadista que queria ser estrela da bola

Por Hugo Franco e Raquel Moleiro

FR7. A sigla que usava nas redes sociais quando era adolescente diz tudo sobre o seu sonho: Fábio queria jogar futebol, ser profissional, um Cristiano Ronaldo saído dos subúrbios da Grande Lisboa, um avançado de talento apurado nos vários clubes de bairro que frequentou ao longo da Linha de Sintra. Não ficava muito tempo em cada um, era brigão, inconformado, impaciente. Queria mais.

Queria ser como o craque, seguir-lhe os passos de chuteiras. Tinha o estilo 'jogador da bola' - cabelo encaracolado à David Luiz, físico de modelo - mas o talento não entusiasmou nenhum olheiro. Em 2011, aos 19 anos, deu o salto, emigrou para Londres, sozinho, com a ambição de jogar na Premier League. Era o tudo ou nada. Tornou-se um dreamchaser, caçador de um sonho, mas no fim foi ele o apanhado na rede de captação de jihadistas para a Síria.

Em dois anos converteu-se ao islamismo, radicalizou-se e casou-se com uma portuguesa: Ângela, cuja história o Expresso revelou na última edição. A cronologia desses dias constrói-se com os relatos de amigos e familiares, que conversaram com o Expresso. Nenhum quis ser identificado. E começa no apartamento, onde alugou um quarto, no bairro de Leyton, na zona oriental de Londres, morada de uma das maiores comunidades muçulmanas do Reino Unido. E adensa-se num ringue de Muay Tai, no ginásio de uma organização de solidariedade social destinada a integrar jovens através das artes marciais. Fábio não tinha emprego e apenas jogava futebol em clubes amadores, à experiência. Passava ali muito tempo.

Entre o bairro e o ginásio construiu um novo grupo de amigos. E tornou-se mais próximo de três deles, portugueses, irmãos, entre os 25 e os 29 anos. Como ele, tinham crescido na Linha de Sintra, a poucos quilómetros uns dos outros. Como ele, tinham raízes em Angola. Mais velhos, conhecedores de Londres, tornaram-se uma referência. Ao contrário dele, eram muçulmanos, convertidos há uma década. Mas essa diferença acabou por se esbater.

Fábio chamava-lhes irmãos. E recebia deles companhia, apoio, alimentação, até dinheiro. As conversas passavam muito pelo Islão e o futebolista começou a interessar-se. Nunca fora religioso, mas convenceram-no a ler o Corão, a perceber o Islão. A geografia ajudou à mudança. Moravam todos perto de uma mesquita há muito referenciada pelas autoridades britânicas por incitar ao extremismo e apoiar financeiramente o conflito na Síria. Foi aí que os três irmãos se tornaram muçulmanos. E rapidamente, também Fábio começou a falar em conversão. O fim de um namoro e a desilusão do futebol deixaram-no sem rumo. Fez treinos de captação em vários clubes e até integrou um clube britânico amador, de caça-talentos, mas sem sucesso. Voltar para Portugal não era opção. Recrutá-lo para a Jihad (guerra santa) foi só mais um passo.

Os amigos e familiares não-muçulmanos começaram a estranhar as conversas. Denegria a religião católica, citava versículos do Corão, rezava e até elogiava quem ia lutar como mujahid para a Síria. "O miúdo rebelde tornou-se um miúdo radical", lamenta uma pessoa próxima de Fábio.

De Fábio para Abdu

Março de 2013 foi o mês da mudança. No início o ego estava em alta. Dia 3, no Twitter, escrevia: "Talento? Eu tenho... Herdei-o das minhas raízes. Plantei a semente, agora colho os frutos". A cada jogo um novo tweet: "A maratona para me tornar uma lenda continua". Mas a meio do mês começou o desânimo: "Preciso de uma mudança". Dia 31, escreve pela última vez nesta rede social: "Tomei a decisão da minha vida". Em Outubro surge no Facebook já na Síria, e com um novo nome árabe: Abdu. "Cheguei há duas semanas a Shaam [Grande Síria], Alhamdulillah, este país é maravilhoso. A Jihad é a única solução para a Humanidade."

Dois dos três irmãos da linha de Sintra viajaram com ele. Continuam todos lá. Ao grupo juntou-se outro português, algarvio, 28 anos, actualmente afastado da frente de combate: foi ferido com gravidade nas pernas. Todos eles fazem parte do contingente de 10 a 15 jihadistas com passaporte português que têm combatido nas fileiras do Estado Islâmico (EI), na Síria e no Iraque (ver texto ao lado).

Até ao início deste ano, a família não sabia do paradeiro de Fábio. Descobriram, por acaso, a sua página de mujahid nas redes sociais. O rapaz da linha de Sintra que queria ser estrela de futebol integrava agora a brigada Kataub al Muhajireen do EI, constituída por combatentes de países ocidentais, como a Grã-Bretanha, França, Espanha e Alemanha. Abdu aparece de cara descoberta, sorridente, armado, a bandeira preta e branca do EI a surgir em quase todas as fotografias.

Foi um choque para quem o viu crescer. "Estamos muito preocupados com a vida dele. Queremos que ele volte para casa", desabafou ao Expresso um familiar. Contactá-lo não tem sido fácil. O Facebook tem sido a única janela de acesso. Entre comentários de extremistas islâmicos a exaltar os feitos de Abdu na frente de guerra, surgem lamentos em português da mãe e da tia: "Responde à minha mensagem Fábio" ou "Estou muito preocupada meu sobrinho. Bj saudades".

Em Abril deste ano, o Expresso conseguiu conversar com ele através do chat do Facebook. Nunca confirmou ser português. "Não se trata de nacionalidades. A partir do momento em que se aceita o Islão seguimos os desígnios de Alá. Nessa altura percebemos que não há razão para não vir [para a Síria]". Sempre em inglês fluente, quis apenas falar do Islão, da guerra santa e da decadência do Ocidente, sempre em tom de censura, de acusação. "Alá sabe o que vai no coração de todas as criaturas. Ele criou-nos a todos. Portanto, se pretendem mentir sobre os homens que abandonam as suas casas e famílias para dar as suas vidas em nome das pessoas oprimidas, por favor mudem as vossas intenções."

Durante a conversa, o jovem combatente respondeu várias vezes com excertos do Corão. Sobre ele e sobre o local onde se encontrava nada disse: "Isso é confidencial". Mas o acompanhamento da sua actividade nas redes sociais desde Outubro de 2013 permite traçar o percurso do português no Médio Oriente: ficou primeiro em Damasco, depois foi para Alepo, agora está em Raqqa, no norte da Síria, entre a Turquia e o Iraque, a primeira cidade que os radicais islâmicos tomaram a Bashar al-Assad.

A cada post - e são muitos e frequentes - revela o seu radicalismo: exalta o atentado do 11 de Setembro ("Lembramos à América o que aconteceu às suas preciosas torres"), exibe as suas armas de guerra ("Fui ao toys'r'us e arranjei um novo brinquedo") e deixa-se fotografar ao lado dos companheiros de combate, como o rapper alemão Deso Dog, que se transformou na estrela da Jihad Abu Talha al-Almani: ou Abu, um dos irmãos portugueses que o converteram ao Islão.

Há menos de um mês, Abdu subiu mais um degrau na sua vida consagrada ao Islão: aos 22 anos casou-se com uma mulher muçulmana. Umm, 19 anos, chegou à Síria no início de Agosto, o rosto coberto por um niqab preto, que só deixa a descoberto os olhos escuros. Nunca se tinham visto antes. O namoro e o noivado fizeram-se online, ela em frente a um computador na Holanda, nos arredores de Utrech; ele em Raqqa. Em comum descobriram o radicalismo islâmico, a oposição ao Ocidente e a nacionalidade portuguesa. Umm nasceu Ângela, filha de um casal de emigrantes alentejanos, também ela a única muçulmana da família, também ela convertida em tempo recorde influenciada pelos amigos.

A 10 de Agosto, a lusodescendente aproveitou a ausência da mãe e fugiu. Agora vive com Abdu numa zona residencial juntamente com vários casais ocidentais, da Holanda, Inglaterra e Alemanha. Só sai de casa com autorização do marido e vai às compras, ao mercado, armada com uma pistola de 9mm. A sua página do Facebook é uma janela para o dia a dia do casal de jihadistas portugueses: desmente o cenário da guerra, descreve ruas cheias de gente e crianças que brincam, exalta a felicidade de viver de acordo com a lei islâmica. Não há medo, as bombas são oportunidades para serem mártires por Alá. E confessa o desejo de ser mãe quanto antes.

Esse passo poderá ter de esperar. Na foto que Abdu pôs esta semana na sua página pessoal, o muhajid surge de corpo inteiro, ar sério, a segurar uma bebida energética. Em jeito de legenda, alguém o localiza em Mossul. Fábio foi para o Iraque lutar pelo califado.

Fonte

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terça-feira, 14 de outubro de 2014

A noiva portuguesa da jihad

Por Raquel Moleiro e Hugo Franco

Em Menbij, no nordeste da Síria, junto à fronteira com a Turquia, ninguém a conhece por Ângela. Ali chama-se Umm. O marido também não é Fábio. É Abdu. Ele cresceu na linha de Sintra, nos arredores de Lisboa. Ela na Holanda, para onde os pais alentejanos emigraram. Ele já está na Síria há mais de um ano. É jihadista, combatente nas fileiras do exército radical do Estado Islâmico (EI). Ela chegou lá este mês. Nunca se tinham visto, mas já estavam noivos há vários meses no Facebook. Através da rede social partilharam radicalismos e ambições de vida: são ambos muçulmanos convertidos, extremistas, defensores do califado islâmico, adversários do Ocidente e dos países "infiéis". E são ambos portugueses.

Em três anos, a guerra síria atraiu cerca de 2800 combatentes estrangeiros. Nos últimos meses começaram a chegar as noivas da guerra santa. Em Al-Bab, a norte de Alepo, os rebeldes abriram em Julho um posto onde se registam as mulheres solteiras e viúvas que querem casar com os mujahedin. A notícia foi avançada pela agência Reuters, mas Ângela, 19 anos, não precisou dessa informação. Como qualquer adolescente combinou tudo pela internet. Fugiu a 9 de Agosto, casou a 10.

"Sim, sim, são os olhos dela. Não há dúvida de que é ela". O pai - que pediu para não ser identificado - vê pela primeira vez o perfil que a filha mais velha criou no Facebook com o nome árabe que adotou, onde junta à dela a identidade do marido. Nas fotos, Umm surge de niqab, um véu preto que lhe cobre o rosto, só deixando de fora os olhos escuros. No estado civil lê-se: casada. O pai não sabe bem o que pensar, o que dizer. Quando o Expresso falou com ele tinham passado poucas horas desde que a ex-mulher lhe contara da fuga, da Síria, do casamento. A internet estava agora a confirmar o que lhe parece "inacreditável, irreal".

Os pais de Ângela estão separados. O pai vive no Alentejo, onde nasceu. Ela morava com a mãe e a irmã mais nova nos arredores de Utrecht, na Holanda, para onde o casal tinha emigrado há largos anos. "No fim de semana em que fugiu a mãe tinha ido à Bélgica. Ela ficou em casa sozinha, o que era absolutamente normal. Ninguém suspeitou de nada. Porventura já estava tudo combinado há muito tempo. Já lá falou com a mãe pela internet a contar o que tinha feito. Que nojo. Nem sei com quem casou, não sei nada".

O Facebook volta a dar uma ajuda ao pai de Ângela. Como a  maioria dos mujahedin, Abdu também tem uma página pessoal onde promove a guerra santa. Aparece de cara descoberta, sorridente, com várias armas, a bandeira preta e branca do Exército Islâmico a surgir em quase todas as fotografias. "A Guerra Santa é a única solução para a Humanidade", escreve.

O que falta no seu perfil online consta seguramente dos registos dos serviços secretos portugueses e internacionais: Fábio é um dos dez radicais islâmicos portugueses monitorizados por suspeita de actividade terrorista, e um dos mais ativos, na rede e na guerra. A família tem raízes em Benguela (Angola), mas ele nasceu e cresceu nos subúrbios de Lisboa, onde a mãe ainda vive. Apaixonado por futebol, emigrou para os arredores de Londres, converteu-se ao islamismo e desde outubro de 2013 que combate na Síria contra o regime de Bashar al-Assad.

A história de Ângela é contada pelo pai (a mãe não quis falar). "Tornou-se muçulmana radical há cerca de um ano, foi tudo extremamente rápido. Por isso é que fiquei surpreendido, não consigo entender". Nasceu na Holanda, numa família de tradição católica mas não praticante. Só por azar não foi baptizada: uma tia, destinada para madrinha, morreu no ano em que estava agendada a cerimónia. Foi adiada para nunca mais. "Era uma miúda liberal em todos os sentidos: fumava, gostava de se divertir, de beber uma cerveja ou duas ou três. Era sociável, não tinha nada a ver com burqas, com os fatos dessas loucas. De um momento para o outro começou com estas ideias".

Pai proibiu burqa no Alentejo

Pai e mãe conversaram então sobre o assunto. Concluíram que "era só para chamar a atenção. Andar de cara e corpo cobertos num meio pequeno como aquele onde ela vivia punha toda a gente a falar". Ângela vinha todos os anos a Portugal passar férias. Em 2013 fez a viagem pela última vez: "Já havia essa questão do islamismo, já não comia carne de porco, queria respeitar o Ramadão", conta o pai. "Este ano veio a mãe e a irmã e ela ficou na Holanda. Proibi-a de usar burqa aqui. 'Vens a Portugal mas a burqa não metes', disse-lhe. Ela não viajou".

Ângela estava desempregada. "Não quis estudar. A mãe tentou tudo, escolas especiais mas nunca chegou a bom porto. Ela só queria computador, computador, computador". No computador era Umm, fundadora e administradora do grupo Islão no Coração (assim mesmo em português - entretanto desactivado), defensora acérrima da guerra santa na Síria e no Iraque e frequentadora de vários grupos radicais islâmicos holandeses e ingleses. Por tudo isto começou então a ser monitorizada pela secreta portuguesa. Identificava-se como alentejana, e foi assim que, em maio, o Expresso a descobriu na rede e falou com ela.

"Os jihadistas estão na Síria e no Iraque para que o regime não mate todo um povo. A Jihad é uma coisa boa, não é má como dizem na televisão", justificou por telefone. Revelou que gostaria também ela de ir para Síria - "tenho lá uns dez, quinze amigos, e também amigas holandesas. Os meus pais estão assustados com essa possibilidade. É normal, sou a única muçulmana da família, mas já lhes expliquei que não vou, não posso ir, só se tivesse marido. A minha jihad é na internet. Tenho de cuidar da minha mãe, que esteve muito doente, e da minha irmã mais nova. Se partisse agora iria contra as regras do Islão", explicou Umm.

O impedimento terminou três meses depois. A decisão foi comunicada já em solo sírio, num cibercafé. "Alhamdoulilah, cheguei em segurança ao Sham [grande Síria]. Irmãs, não hesitem. Sinto-me tão bem, como se tivesse sempre vivido aqui, sinto-me em casa. Insha'Allah, Alá irá reunir-nos a todos em breve!".

O pai leu todos os posts das páginas de Ângela e de Fábio à procura de informações e explicações. Em nenhum lado se lê como a filha chegou ali, mas a pausa declarada por Abdu no início do mês - "há 30 dias sob disfarce, a frente de guerra espera por mim" - poderá indicar que o jihadista português foi buscar a noiva algures no caminho que a levou da Holanda à Turquia e depois à Síria.

"Sinto-me acabado, infeliz, atraiçoado, sinto-me perdido. Se pudesse ir buscá-la ia já, mas é impossível, ela já tem 19 anos, fez este mês. Vou fazer tudo para conseguir trazê-la de volta à Holanda ou a Portugal. Mas conhecendo-a como conheço não vai querer regressar". As mensagens com que Umm alimenta o novo perfil no Facebook indiciam isso mesmo - "Antes chamava alegria a momentos temporários de felicidade. Só agora que vim para um estado islâmico percebi que todos os ingredientes da felicidade estão aqui, pois estou no paraíso".

Ângela e Fábio moram numa zona residencial, juntamente com vários casais ocidentais, da Holanda, Inglaterra e Alemanha. "Todos aqui vivem sob o estado islâmico, sob as regras do Alcorão e da Sunnah", escreve Umm. As mulheres têm de usar o niqab e só saem de casa com a permissão do marido. "É para nossa segurança. Os homens sabem a que horas os aviões vêm e quando podem cair bombas. Nesses dias é melhor ficar em casa", explica a uma amiga que vive na Holanda e que lhe pergunta sobre as restrições impostas às mulheres.

De dia, a portuguesa vai às compras no centro da cidade "com as irmãs", ao mercado buscar "coisas saborosas", há crianças a brincar, as ruas estão cheias de pessoas e carros, relata. As fotografias que publica mostram edifícios pintados a preto e branco (as cores do EI) e os produtos que lhes enchem a despensa: muita comida empacotada, batatas fritas, molho satay, frango e arroz, a Pepsi e a Nutella que ela não dispensa ao pequeno-almoço.

"Os media criam a ideia de que se vive no meio de uma guerra, mas não é tão inseguro como dizem. É verdade que às vezes cai uma bomba, mas não se sente medo. E se a bomba tiver escrito o nosso nome, tornamo-nos mártires, Insha'Allah". Numa das últimas fotos que colocou no Facebook mostra o interior da sua mala de mão: "Sempre me perguntei o que uma mulher tem dentro da bolsa: bem, tenho uma [pistola de] 9 mm", graceja.

O pai de Ângela recorda as últimas conversas com a filha, diálogos meio crispados, opostos. "Às vezes ficava mesmo revoltado. Sabendo o que se está a passar na Síria, o genocídio praticado por esses radicais que querem acabar com os cristãos, os vídeos que vi no YouTube a matarem pessoas, a queimá-las vivas, e ela a defender tudo, a justificar".

O radicalismo de Umm mantém-se. No dia 22, publicou nas redes sociais a fotografia tirada antes da decapitação do repórter James Foley, e escreveu: "Para aqueles que dizem que era um jornalista, supostamente inofensivo, ele não era mais do que um soldado americano que mata o nosso povo. Quantas pessoas foram mortas por este tipo de palavras? São mortes inúteis? Uma morte americana fica muitos milhares atrás de quanto eles nos têm matado". Noutro post comenta os placards publicitários, que ali enaltecem a luta do Estado Islâmico: "Quem vai ganhar? Os nossos outdoors ou aquelas mulheres seminuas a vender desodorizantes?"

Quatro portugueses no EI

Ângela comenta a Jihad nas redes sociais, Fábio vai para a frente de combate. Fonte ligada aos serviços de informação portugueses coloca-o na brigada Kataub al Muhajireen do EI, constituída apenas por combatentes de países ocidentais, como a Grã-Bretanha, Alemanha, França ou Dinamarca. Ao seu lado há pelo menos mais três portugueses: dois irmãos, de 26 e 30 anos, que como Fábio, cresceram na linha de Sintra; e um jovem de Quarteira, de 28 anos. São amigos no Facebook e irmãos de armas na frente de guerra. Os quatro converteram-se ao islamismo quando estavam emigrados nos arredores de Londres e daí partiram para a Síria. O algarvio terá sido ferido com gravidade nas pernas há alguns meses e ainda não regressou ao combate. Os restantes mantêm-se activos.

O Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) confirmou em Abril ao Expresso que se encontram "referenciados alguns cidadãos nacionais que integram esses grupos de combatentes", sendo que alguns "detinham um estatuto de residência temporária em outros países europeus, embora apresentem conexões sociais e familiares ao território nacional". O recrutamento é feito "através da Internet" e de "estruturas logísticas formais e informais que actuam à escala regional e global", adiantou a secreta.

Na semana passada, os Estados Unidos consideraram que o Estado Islâmico representa uma ameaça terrorista "para lá" de qualquer outra conhecida até hoje, "junta ideologia, uma estratégia sofisticada, habilidade militar e táctica e está tremendamente bem financiado. É preciso estar preparados para tudo". No Facebook, Ângela usa outras palavras para descrever a luta jihadista na Síria, mas o sentido é o mesmo: "Quando olhamos para o cano de uma arma vemos o paraíso, quando um avião sobrevoa as nossas casas estamos prontos para receber a bomba, quando um pai cai mártir o filho está pronto para substituí-lo. Faremos tudo para manter e expandir o nosso estado islâmico. Como se pode ganhar a um povo que não teme a morte?"

Fonte: http://bit.ly/1v8ou84


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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

16% dos franceses apoia o Estado Islâmico

Segundo uma sondagem publicada recentemente, um em cada seis franceses simpatiza com o grupo islâmico EIIL, também conhecido como Estado Islâmico. A sondagem das atitudes Europeias em relação ao grupo, levado a cabo pela ICM para a agência de notícias Russa Rossiya Segodnya, revelou que 16% dos cidadãos franceses tem uma atitude positiva em relação aoo EIIL.

Esta percentagem aumenta entre os jovens inquiridos, atingindo o ponto mais alto nos 27% para a faixa etária compreendida entre os 18 aos 24 anos. Uma sondagem também recente indicou também que os índices de aprovação do presidente Francês Hollande encontram-se em torno dos 18%.

A pesquisa testou também as atitudes na Grã-Bretanha e na Alemanha, e apurou que 7% dos cidadãos Britânicos responderam de modo favorável em relação ao EIIL. No entanto, a pesquisa levada no Reino Unido revelou uma tendência demográfica inversa à tendência existente na França, com o apoio ao EIIL a subir com a idade. 4% dos inquiridos na faixa etária 18-24 afirmou apoiar fortemente, ou apoiar, o EIIL, comparados com os 6% da faixa etária 24-35, e 11% na faixa 35-44.

As atitudes positivas na Alemanha exibiram menos divergências, permanecendo entre os 3% e 4% em todas as faixas etárias.

A correspondente Francesa da Newsweek, Anne-Elizabeth Moutet, não se mostrou surpreendida com os resultados:

Esta é a ideologia dos jovens muçulmanos franceses com origens imigrantes . . . . com taxas de desemprego na ordem dos 40% e que foram enganados pela TV satélite e pela propaganda da internet.


Ela ressalvou também a correlação entre o apoio ao EIIL e o aumento do anti-semitismo na França, acrescentando que "estas são as mesmas pessoas que incendeiam as sinagogas".

Estima-se que a França albergue cerca de 5 milhões de muçulmanos, largamente provenientes do Norte de África e que começaram a chegar depois dos anos 50 por altura da descolonização Francesa e da política dos anos 70 com o nome de 'regroupement familiale', que acolheu as famílias dos trabalhadores imigrantes provenientes da ex-colónias.

O ICM entrevistou 3,007 pessoas da Grã-Bretanha (1,000), França (1,006) e Alemanha (1,001) por telefone entre os dias 11 e 21 de Julho deste ano (2014). pouco antes do grupo islâmico publicar o video da decapitação do jornalista Americano James Foley.

Há alguns dias atrás um Membro do Parlamento Britânico alegou que cerca de 1,500 muçulmanos britânicos podem ter viajado para o Médio Oriente para lutar ao lado do EIIL, apontando que esse número é duas vezes superior ao número de soldados que lutam nas forças armadas Britânicas contra o EIIL.

Fonte: http://bit.ly/Z2aW42

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Há anos que os políticos e as agências noticiosas nos asseguram que apenas uma "pequena minoria de maometanos" dão o seu apoio à violência e ao terrorismo, no entanto o número de maometanos "franceses" que apoia o Estado Islâmico (EIIL) é suficientemente grande para produzir índices de aprovação na ordem dos 16% entre todos os franceses. E os nossos líderes continuam a dizer que isto de maneira alguma está relacionado com o islão.
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