O concilio da liderança dos Talibãs, ou shura, tomou a decisão numa localização secreta na região tribal do Waziristão do Norte, afirmou o comandante Hazratullah Torashipa, e oficial dos serviços secretos. Segundo o que Torashipa afirmou à Associated Press através do telefone, depois da decisão, os militantes dispararam com as suas AK-47 e com as suas armas anti-aeroplano para o ar.
O antigo líder dos Talibãs Paquistaneses, Hakimullah Mehsud, foi morto pelos EUA num ataque levado a cabo por drone no preciso momento em que ele entrava para o seu complexo, numa povoação no Waziristão do Norte. Apesar de Mehsud ser responsável pela morte de milhares de civis Paquistaneses e de forças de segurança, a sua morte causou indignação junto dos oficiais Paquistaneses, que acusaram os EUA de sabotar as tentativas governamentais de estabelecer um acordo de paz com os militantes.
O novo líder, Fazlullah, foi o líder dos Talibãs Paquistaneses no "Swat Valley" mas acredita-se que ele esteja escondido no vizinho Afeganistão. Ele ascendeu para um lugar de proeminência através das emissões de rádio onde ele exigia a imposição duma variante mais dura do islão, o que lhe valeu ganhar a alcunha de "Mullah Radio".
O seu grupo começou a ganhar proeminência em 2007 quando começou a infiltrar o vale e a propagar o medo entre os residentes, forçando os homens a usar barba, impedindo as mulheres de ir ao mercado, e explodindo escolas. Uma ofensiva militar em 2009 empurrou o grupo para fora do vale.
O grupo de Fazlullah levou a cabo o ataque à activista Malala Yousufzai, que foi baleada em Outubro de 2012 quando se dirigia para casa. Ela foi atacada depois de ter falado contra os Talibãs devido à sua interpretação do islão, que limita o acesso das meninas à educação.
Fonte