Tribunais egípcios condenaram 113 apoiantes da Irmandade Muçulmana sob
acusações de atacar a polícia, distúrbios e posse de armas em três
casos distintos levados a julgamento depois de protestos contra o
governo militar.
As autoridades têm estado a atacar a Irmandade de forma agressiva desde
que os militares depuseram o antigo presidente, o islamista Mohamed
Morsi, após ondas de protesto contra a sua liderança. O governo acusa a
Irmandade de recorrer à violência e como consequência, a mesma foi
declarada como um grupo terrorista no dia 25 de Dezembro de 2013.
O grupo, por sua vez, defende que está comprometida com formas de
protesto pacíficas.
A decisão de Quinta-Feira, que está relacionada com os protestos de
Novembro de 2013, inclui penas de 3 anos para 63 pessoas num só caso,
uma das maiores sentenças em grupo dos últimos anos. O juiz multou cada
um deles com 50,000 libras Egípcias ($7,200 dólares), e estabeleceu a
fiança em 5,000 libras o que lhes permite evitar a prisão enquanto
apelam o veredicto.
Noutro caso distinto, 24 apoiantes da Irmandade foram também
sentenciados a 3 anos de prisão (com trabalhos forçados) devido
aos confrontos que ocorreram essencialmente durante a mesma altura
noutra parte
de Cairo. As acusações contra eles incluíam tumultos, reuniões ilegais,
ataques dirigidos às forças policiais e membrasia num gangue terrorista
armado.
Num terceiro caso, um tribunal sentenciou 26 estudantes da Universidade
de Al-Azhar a 2-1/2 anos de prisão cada um, também como consequência de
acusações de ataques às forças de segurança, reuniões ilegais, e
banditismo.
A Universidade de Al-Azhar tem sido palco frequente de protestos anti-governamentais desde a queda de Morsi.
Reuters
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