Há alguns dias atrás centenas de muçulmanos do Paquistão oriental
levaram a cabo vários ataques numa vizinhança Cristã - queimando várias
casas - depois de terem ouvido que um homem Cristão supostamente havia
cometido blasfémia contra o "profeta" do maometanismo.
No Paquistão, tal como em quase todos os países controlados por
maometanos, a blasfémia contra o Maomé é um crime que pode ser
castigado com a pena de morte. O Paquistão é um país maioritariamente
Sunita onde as pessoas de outras confissões religiosas, incluindo a
pequena comunidade Cristã, são olhados com suspeita.
Segundo Multan Khan, oficial policial, o incidente teve início na
6ª-Feira quando um jovem muçulmano acusou um Cristão de ter cometido
blasfémia ao fazer comentários ofensivos contra o "profeta" Maomé.
Segundo Khan, nessa 6ª-Feira à noite uma larga multidão duma mesquita
próxima dirigiu-se à casa do Cristão. A policia registou o caso de
blasfémia contra o homem depois da multidão se ter reunido e exigido
algum tipo de acção, afirmou o oficial.
Temendo pela sua segurança, centenas de famílias Cristãs abandonaram a
área durante a noite. Khan afirmou que a multidão muçulmana regressou
no Sábado e começou a saquear e a queimar as casas dos Cristãos,
embora, segundo Khan, nenhum membro da comunidade Cristã tenha sofrido
qualquer tipo de dano físico. No entanto, vários policiais foram
feridos quando foram atingidos com pedras no momento em que tentavam
impedir a multidão de invadir a área.
Como é muito comum nestes casos, o incidente aparentemente em nada está
relacionado com algum tipo de blasfémia dita contra Maomé; segundo
Akram Gill, um bispo local junto da comunidade Cristã de Lahore, estes
eventos desenrolaram-se devido a uma inimizade pessoal entre dois
homens - um Cristão e um maometano - e não devido a algo que o primeiro
tenha dito.
Segundo o bispo, os dois homens envolveram-se numa discussão acalorada
depois duma noite de bebedeira, e na manhã seguinte o maometano
inventou a história da blasfémia como forma de se vingar do Cristão.
Akram acrescentou ainda que a comunidade Cristã entregou o homem
acusado à polícia quando estes vieram investigar o caso junto deles.
Depois disto, eles trancaram as suas casas e foram para outras áreas
(para as casas de familiares).
Segundo se sabe, os maometanos, que se encontravam armados com martelos
e hastes de aço, entraram dentro das casas, assaltaram duas igrejas, e
queimaram Bíblias e cruzes.
* * * * * * *
Maomé ordenou aos seus devotos que reagissem violentamente às críticas.
O que nós vêmos no Paquistão é, portanto, consequência directa dos
ensinamentos de Maomé - e não uma "má representação" do "verdadeiro
islão". No entanto, quando alguns ocidentais condenam os ensinamentos
violentos de Maomé (sabendo que se essas criticas fossem feitas no
mundo islâmico, isso seria motivo para a execução), esses ocidentais
são chamados de "racistas" (muçulmano não é uma raça), intolerantes,
geradores de ódio e islamofóbicos.
Será que devemos abandonar o nosso senso comum, e começar a pensar que
há algum tipo de legitimidade na matança de quem critica a autoridade
Maomé?
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