MITOS ISLÂMICOS

domingo, 26 de outubro de 2014

O porquê de ser perigoso confiar nos seguidores de Maomé

Artigo Presente no Site RaymondIbrahim.com

Embora eu já esteja a viver no mundo islâmico há já quase 3 anos, os eventos descritos na história que se segue surpreenderam-me. Acho que a ideia de ser traída por um amigo ou por um colega de trabalho com quem já tenho uma longa ligação cordial ainda é difícil de aceitar. Devido a isto, quando soube que um grupo de mulheres muçulmanas traiu as suas colegas Cristãs como forma de assegurar uma posição permanente para as suas colegas muçulmanos, eu fiquei espantada.

Os eventos que levaram à traição começaram em Março de 2014 num hospital governamental em Lahore, Paquistão, onde enfermeiras Cristãs e muçulmanas já trabalhavam juntas há vários anos sem qualquer tipo de problema. Numa tentativa de poupar dinheiro, o governo tomou a decisão de não renovar o contrato das enfermeiras classificadas como temporárias (as enfermeiras ou eram permanentes ou temporárias, estas últimas com renovações anuais de contratos).

Por motivos óbvios, a equipa da enfermaria não ficou feliz com esta decisão governamental visto que as temporárias iriam ficar sem emprego enquanto que as efectivas iriam ver as suas horas de trabalho aumentar sem que com isso fossem proporcionalmente recompensadas. Num gesto de solidariedade, as enfermeiras Cristãs e as muçulmanas decidiram protestar os cortes na equipa em frente ao hospital (Ruth e Sandra representaram as enfermeiras Cristãs).

Pouco depois do protesto ter começado, a polícia chegou e perguntou às líderes das protestantes o propósito da manifestação. Ruth explicou-lhes a situação mas foi dito às enfermeiras que elas estavam erradas e que elas deveriam voltar para casa. Foi então que as representantes muçulmanas disseram à polícia que elas [as muçulmanas] eram apenas espectadoras e que não faziam parte do protesto.

Quando os polícias ouviram isto, prenderam as enfermeiras Cristãs, que, ainda em choque com a traição das colegas muçulmanas, gritaram "Olhem à vossa volta! É claro que elas estavam aqui a protestar connosco!". A polícia ignorou o óbvio e prendeu as 17 enfermeiras Cristãs por "conduta desordeira".

No dia seguinte, as autoridades muçulmanas locais visitaram as enfermeiras (que haviam sido libertas sob fiança) e disseram-lhes que se elas se demitissem, nenhum acusação lhes seria feita. As enfermeiras Cristãs aperceberam-se então que o protesto se havia transformado num esquema para substituir as enfermeiras Cristãs, que tinham estatuto permanente, pelas enfermeiras muçulmanas, que tinham estatuto temporário. As enfermeiras Cristãs recusaram-se a apresentar a demissão e disseram que iriam lutar contra a injustiça nos tribunais.

Curiosamente, este tratamento injusto chamou a atenção de algumas pessoas dos média muçulmanos, que expressaram a sua simpatia para com as enfermeiras Cristãs. Eles juntaram forças com organizações Cristãs e pressionaram o governo a abandonar imediatamente as acusações, e a dar de volta às Cristãs o seu emprego. Uma semana mais tarde, as enfermeiras Cristãs voltaram para o hospital e tudo parecia estar normal (o governo renovou também os contratos das enfermeiras temporárias).

Infelizmente, as enfermeiras muçulmanas ficaram zangadas com o facto das suas irmãs muçulmanas não terem obtido estatuto permanente e devido a isso, espalharam o rumor de que Ruth e Sandra haviam blasfemado contra o islão. No espaço duma hora as duas mulheres Cristãs foram forçadas a sair do hospital devido às ameaças violentas que receberam da parte dos membros da equipa. O marido da Sandra, que já trabalhava como técnico de laboratório há vários anos, foi também forçado a sair.

Sabendo muito bem o que estava para acontecer, tiraram os seus filhos da escola e esvaziaram as suas contas bancárias. Durante esse período, o marido da Ruth telefonou-lhe para dizer que ele havia sido despedido da posição de gerente de hotel, cargo que ele já tinha desde 1999.

Nessa noite, enquanto se encontravam sentados à mesa tentando organizar o seu pensamento em relação aos eventos desse dia, receberam uma chamada dum amigo,  dizendo-lhes que uma multidão se dirigia até à sua casa para os matar. Eles pegaram em tudo o que tinham, e fugiram para uma casa do campo pertencente à família de Ruth. De lá, pediram visas para a Tailândia, onde se juntaram a mais de 7,000 refugiados Paquistaneses que estão actualmente a viver na Tailândia devido à perseguição religiosa.

Tal como disse a Amnistia Internacional em 1994:
Durante os últimos anos várias pessoas foram acusadas de blasfémia no Paquistão; em todos os casos conhecidos pela Amnistia Internacional, as acusações de blasfémia parecem ter sido levantadas arbitrariamente, fundamentadas em nada mais que as crenças religiosas minoritárias dos indivíduos. . . . . As evidências disponíveis em todos estes casos sugerem que as acusações foram levantadas como forma de punir membros das comunidades religiosas minoritárias.... Em muitos casos, a hostilidade para com grupos religiosos minoritários parece ser aumentada pela inimizade pessoal, rivalidade profissional ou económica, ou por um desejo de obter algum tipo de vantagem política. 
Consequentemente, a Amnistia Internacional chegou à conclusão que a maior parte das pessoas que enfrentam acusações de blasfémia, ou que são condenadas com base em tais acusações, são prisioneiras de consciência, detidas apenas e só devido às suas crenças religiosas, reais ou imputadas, em violação do seu direito à liberdade de pensamento, consciência e religião. (Crucified Again, p.136)
Fonte  http://bit.ly/1mFH487

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