MITOS ISLÂMICOS

sábado, 12 de fevereiro de 2011

"Os Judeus e os Cristãos distorceram o que Allah revelou"

Os ensinamentos islâmicos apropriam-se de quase todas as figuras do Judaísmo e do Cristianismo e constroem-nos como "mensageiros do islão". Quando um porta-voz nos diz que os muçulmanos "seguem os ensinamentos" de Abraão, Moisés e do Senhor Jesus, e acreditam no Torah (Taurat) e no Evangelho (Injil), o que eles querem dizer é:
  • Nós acreditamos nos ensinamentos contidos nas versões inadulteradas desses livros, e não nas cópias actuais.

Segundo a mitologia islâmica, as versões "originais" (que, antes de terem sido falsificadas, estavam de acordo com os ensinamentos do Alcorão) continham, por exemplo, referências a vinda futura de Muhammad, e não continham versos como João 3:16 ("Porque Deus amou o mundo de tal forma que deu o Seu Filho Unigénito para que todo aquele que Nele creia não pereça mas tenha a vida eterna").

Ignoremos por uns instantes a tarefa hercúlea que seria remover de todo o planeta os islamicamente correctos Torah e Evangelhos. Só o facto de ter que se entrar em contacto com toda a Diáspora Judaica e comunidades cristãs remotas seria quase impossível.

Garantir o silêncio dos envolvidos na conspiração, e certificar-se que nenhum judeu ou cristão piedoso ficaria com algum original, seria igualmente problemático. O controle de qualidade de forma a garantir que as novas versões do Torah e dos Evangelhos fossem distorcidas exactamente da mesma forma seria um pesadelo.

Por último, porque é que os de outro modo piedosos leitores do Torah e dos Evangelhos escolheriam Muhammad - e só Muhammad - como objecto de conspiração e distorção em relação à sua inevitável vinda?

Apesar destas dificuldades, o mundo islâmico não só acredita piamente que isto é verdade, como usa estes mitos como justificação para a perseguição violenta aos judeus e aos cristãos.

Para piorar as coisas, nós temos um membro de alta patente do comité Europeu das Fatwas a apoiar abertamente tal mitologia.


As perguntas que eu gosto de fazer aos muçulmanos são:

  • Onde está a Bíblia (Torah e o Evangelho)* "original"?
  • Se ela não existe, como é que os muçulmanos sabem onde estão as adulterações?
  • Quando é que foram adulterados os Evangelhos? Logo no primeiro século? Portanto, enquanto fugiam das lanças dos pagãos romanos, ou enquanto eram lançados nos coliseus pagãos, os cristãos encontraram tempo para remover os versos que (surpresa!) estariam 100% de acordo com o islão?
  • Será que para os muçulmanos o único critério para demonstrar "falsificação" é a existência do Alcorão?

O que eles fazem essencialmente é usar uma forma de pensamento circular muito comum entre os muçulmanos:

  • [Muçulmano] O Alcorão foi enviado Pelo Mesmo Deus que enviou o Torah e os Evangelhos.
  • [Judeu/Cristão] Mas o Alcorão é totalmente diferente do Torah e dos Evangelhos.
  • [Muçulmano] Mas isso é porque a Bíblia foi adulterada.
  • [Judeu/Cristão] Como é que sabes que a Bíblia foi alterada?
  • [Muçulmano] Porque não está de acordo com o Alcorão.
  • [Muçulmano] Ah, não, isso é impossível porque Muhammad era um verdadeiro profeta. Até a Bíblia tem profecias sobre a sua vinda futura.
  • [Judeu/Cristão] Não há nenhuma referência Bíblica sobre a vinda futura dum profeta árabe.
  • [Muçulmano] Mas isso é porque a Bíblia foi alterada. A Bíblia original tinha profecias de Muhammad.
  • [Judeu/Cristão] Como é que sabes disso?
  • [Muçulmano] Precisamente porque o Alcorão diz que as Escrituras prévias anunciavam a vinda de Muhammad.

Etc, etc. Este tipo de revisionismo histórico é muito comum com partidos políticos que tentam aumentar a sua legitimidade com referência ao passado. Supostamente o que eles fazem hoje era "aludido" no passado. O facto de hoje não encontrarmos esse tal "passado" nos livros de História é porque houve "distorção" ou "adulteração" das fontes "originais".

O islão, como movimento político que é, apenas segue a mesma linha de pensamento.


* Os muçulmanos acreditam que a Bíblia é apenas Torah + Evangelho. Eles não estão cientes que, embora os judeus muitas vezes usem o termo "a Lei" para identificar toda a Bíblia Hebraica (exemplo seguido pelo Senhor e os Seus Discípulos), o Torah são "apenas" os primeiros livros da Bíblia Hebraica.

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