Depois de confrontos com a duração de 3
dias, militantes ligados à al-Qaeda capturaram a cidade ocidental de
Fallujah, colocando a sua bandeira nos edifícios governamentais. Hadi
Razeij, líder das forças policiais da província de Anbar, afirmou que a
polícia abandonou por completo a zona central da cidade e posicionou-se
na periferia da povoação.Falando para a al-Arabiya, ele afirmou:
As paredes da cidade estão nas mãos das forças polícias, mas os habitantes de Fallujah são prisioneiros do ISIL.
Fallujah, juntamente com Ramadi, a
capital provincial, era a fortaleza dos insurgentes Sunitas durante a
guerra contra o Iraque liderada pelos EUA. Os militantes ligados à
al-Qaeda tomaram conta da maior parte de ambas as cidades e têm estado
a resistir às investidas governamentais desde então.
O "U.S. State Department" expressou as suas preocupações numa declaração, afirmando que, como forma de "derrotar o nosso inimigo comum", continuariam a trabalhar com as autoridades iraquianas e com as tribos locais contra o grupo ISIL. A porta-voz Marie Harf disse ainda:
O "U.S. State Department" expressou as suas preocupações numa declaração, afirmando que, como forma de "derrotar o nosso inimigo comum", continuariam a trabalhar com as autoridades iraquianas e com as tribos locais contra o grupo ISIL. A porta-voz Marie Harf disse ainda:
Estamos
também em contacto com os líderes tribais da província de Anbar, que
têm revelado enorme coragem à medida que lutam como forma de expulsar estes terroristas das suas cidades.
O "The Washington Post" reportou
que pelo menos 8 pessoas foram mortas e outras dezenas foram feridas na
Sexta-Feira à noite à medida que o exército iraquiano tentava voltar a
ter o controle da cidade. O exército havia recebido ajuda por parte das
tribos de Ramadi (fortaleza Sunita).
Tribos com expressão relevante
voltaram-se contra a al-Qaeda antes da retirada Americana no final de
2011, mas também não apoiam o governo iraquiano liderado por Xiitas, o que cria um estranha aliança
na guerra contra os militantes. O número total de mortes resultantes da
violência que começou há pouco tempo ainda não se sabe ainda.
Na Sexta-Feira, atiradores da al-Qaeda
buscaram formas de conquistar os corações da população de Fallujah, o
que levou a que o comandante dos militantes aparecesse perante os
adoradores duranta as rezas de Sexta-Feira na estrada principal,
proclamando que os combatentes estavam ali para defender os Sunitas dos
ataques do governo. Usando um carro policial roubado à polícia, os
militantes gritaram:
Somos
vossos irmãos no Estado Islâmico do Iraque e do Levante [ed: "Islamic
State in Iraq and Levant" = ISIL] e estamos aqui para vos proteger do
governo.
A conquista de Fallujah e de Ramadi
(outra fortaleza Sunita) por parte do ramo iraquiano da al-Qaeda é um
revés para o governo Xiita do primeiro ministro al-Malik. O seu governo
tem batalhado para conter o descontentamento entre a minoria Sunita
causado pelo domínio político Xiita, que causou um aumento da violência
durante o ano passado.
A província de Anbar, uma área deserta
ne fronteira entre a Síria a Jordânia, tem practicamente uma população
exclusivamente Sunita. A área serviu de palco para a insurgência Sunita
que se levantou contra as tropas americanas e contra o governo
Iraquiano depois da invasão de 2003 que derrubou Saddam Hussein.
A insurgência actual foi alimentada
pela raiva causada pelo transferência de poder da sua comunidade,
durante o tempo de Saddam, para os cada vez mais poderosos Xiitas. Foi
por essa altura que a al-Qaeda estabeleceu um ramo dentro do país.
Há alguns dias atrás as autoridades
prenderam um político Sunita de renome e confrontam uma manifestação
Sunita em Ramadi que já durava há alguns meses. Isto gerou raiva entre
os Sunitas.
Como
forma de acalmar as tensões, Al-Maliki retirou os militares das cidades
de Anbar como forma de transferir os deveres de segurança para a
polícia local - visto que os Sunitas haviam exigido isto mesmo uma vez
que olhavam para os militares como instrumentos do poder de Al-Maliki.
Foi aí que a al-Qaeda atacou Fallujah e Ramadi, devastando a
delegacia da polícia e libertando os prisioneiros.
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