O único motivo que justifica a existência deste mito é a necessidade que os apologistas islâmicos têm de explicar os versículos violentos do segundo capítulo do Alcorão - "revelado" pouco depois de Maomé chegar a Medina em seguimento da hégira.
Algumas das passagens deste segundo capítulo do Alcorão apelam aos crentes (muçulmanos) a levar a cabo actos de violência como forma de acabar com o "tumulto", a "opressão", e a "perseguição". Devido a isto, os leitores maometanos modernos usualmente aplicam as suas definições pessoais dos termos e assumem que os muçulmanos estavam sob algum tipo de ataque enquanto viviam em Medina.
Infelizmente para os muçulmanos, o que Maomé entendia como "perseguição" não só está bem definido no registo histórico da sua vida "profética", como é bem diferente do entendimento que nós aplicamos à expressão. De facto, analisando as acções de Maomé em Meca, nós podemos vêr que não eram os muçulmanos que estavam sob ataque mas sim os habitantes de Meca. Eram estes últimos que agiam em legítima defesa.
Os historiados não identificam acto algum de agressão por parte dos habitantes de Meca contra os muçulmanos durante o tempo em que a segunda sura (termo árabe identifica os versículos do Alcorão) foi narrada por Maomé. Não havia exércitos a marchar contra os muçulmanos e nem havia planos para tal. Os habitantes de Meca não tinham qualquer tipo de influência nesta área tão remota.
Devido a isso, e apesar da crença de que os muçulmanos estavam sob ataque por parte dos habitantes de Meca ser algo sobejamente defendido pelos maometanos modernos, as evidências em suporte de tal teoria fazem-se notar pela ausência.
De acordo com a sequência de eventos registados nas siras (biografias da vida de Maomé), os habitantes de Meca estavam bastante satisfeitos em deixar Maomé em paz depois deste ter sido expulso da cidade, mesmo sabendo que ele havia declarado guerra contra eles.
O senso comum mostra-nos também que, se os maometanos estivessem a ser alvo de ataques por parte dos habitantes de Meca, não seria preciso inspirá-los à guerra. Se alguém invadisse a tua casa e estivesse em vias de tratar mal a tua família, será que precisarias "revelações" de Alá a dizer-te para agires em legítima defesa?
O orgulho de Maomé estava danificado depois dos habitantes de Meca o terem rejeitado. Como tal, a sua credibilidade como o "escolhido" estava em maus lençóis. A sede de vingança de Maomé levou a que ele usasse as "revelações de Ala´" para redefinir o termo "perseguição" de forma a convencer os seus seguidores de que eles de facto estavam a ser "perseguidos".
Basicamente, Maomé estava a usar uma característica tipicamente humana - a busca pela justiça - para levar a cabo os seus desejos. Ele levou os seus seguidores a acreditar que o facto de terem sido expulsos para Medina, e estarem impedidos de regressar, eram motivos suficientes para um regresso armado a Meca.
Mas ao contrário de Maomé, os habitantes de Meca tinham justificação para impedir o regresso dos muçulmanos. Primeiro, Maomé havia-se declarado um revolucionário armado contra eles. Que cidade responsável permitiria que um homem com mais de 300 seguidores potencialmente violentos regressasse para a mesma, mesmo depois dele ter declarado guerra a ela?
Curiosamente, mais tarde, os habitantes de Meca foram insensatos o suficiente para permitir o regresso de Maomé, e isso custou-lhes a perda da cidade e a perda do seu estilo de vida.
O segundo motivo que levou a que os habitantes de Meca não desejassem estar por perto de Maomé centrava-se na intolerância que este propagava em relação aos credos presentes em Meca. Maomé exigia possessão exclusiva da Kaaba - que na altura, a mesma era uma área comum de oração.
Dito de outra forma, os habitantes de Meca não tinham problemas com o facto dos muçulmanos circum-navegarem a Kaaba; o problema é que os muçulmanos queriam ser os únicos a fazê-lo. Isto é confirmado pelo Alcorão (Sura 9:18-19) onde se lê que, aquando da captura da cidade por parte dos maometanos (630), todos aqueles que se recusaram a converter ao islão, e sujeitar-se à autoridade de Maomé, foram expulsos de Meca.
Levando em conta estes dados, as palavras da sura 2 ganham uma nova dimensão:
Matai-os onde quer se os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o homicídio. Não os combatais nas cercanias da Mesquita Sagrada, a menos que vos ataquem.Embora os maometanos modernos gostem de afirmar que esta passagem limita-se a assuntos de legítima defesa, o contexto histórico contradiz de forma clara esta interpretação uma vez que o texto serviu de justificação para a agressão como forma de avançar com dominação islâmica.Mas, se ali vos combaterem, matai-os. Tal será o castigo dos incrédulos.
Porém, se desistirem, sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo. E combatei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de Deus. Porém, se desistirem, não haverá mais hostilidades, senão contra os iníquos.
(Sura 2:191, 193)
Conclusão:
A "perseguição" de que Maomé falava era apenas o facto dos muçulmanos viverem a mais de 400 quilómetros de Meca, e estarem impedidos de a visitar - e desde logo barrados de aceder à "mesquita sagrada".
Maomé foi bem sucedido em convencer os seus seguidores que esta política não-letal levada a cabo pelos habitantes de Meca era justificação suficiente para atacar e massacrar os habitantes de Meca no nome do islão.
Este precedente deixado por Maomé ainda é seguido hoje em dia pelos islamitas quando eles inventam uma não existente "perseguição" para justificar os seus actos de violência contra a superior civilização Ocidental. Mas quem os pode culpar? Se este forma de operar funcionou com Maomé, porque é que não funcionaria com os muçulmanos actuais?
Mitos àcerca de Maomé
MECA
1. MITO: Maomé foi perseguido em Meca por pregar o Islão
2. MITO: Maomé foi torturado em Meca.
3. MITO: os Muçulmanos foram perseguidos e sofreram muitas baixas em Meca
4. MITO: Os pagãos de Meca foram os primeiros a verter sangue no conflito contra os muçulmanos
5. MITO: Maomé viajou até Jerusalém numa noite
6. MITO: a perseguição forçou Maomé e os muçulmanos a fugirem de Meca
MEDINA
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