A mais recente decisão dos governantes líbios (de que a sua futura
constituição será baseada na Sharia) propagou um clima de medo junto da
pequena comunidade Cristã deste país do norte de África.
Os Cristãos Coptas da Líbia, que são cerca de 300,000, ou 5% da
população total, tinham permissão para practicar a sua religião quando
Muammar Qaddafi era vivo, mas desde que ele foi removido do poder, e
por fim morto, maometanos fundamentalistas têm aumentado o seu poder e
ocupado o lugar deixado vago pelo ditador.
Durante o mês passado,
a assembleia nacional votou em favor de fazer da lei Alcorânica, ou a
Sharia, a base para todas as decisões legislativas - o que, em termos
prácticos significa que o islão irá moldar todos os casos criminosos,
financeiros e bancários.
Numa declaração emitida depois da votação, o Congresso Nacional Geral declarou que,
A lei islâmica é a fonte de toda a legislação da Líbia. Todas as instituições têm que concordar com isto.
Um comité especial começou a rever as leis já existentes para
garantir que eles estão de acordo com a Sharia. A emergente orientação
legal e política, combinada com a ascenção dos militantes neste país
rico em petróleo, deixou os Cristãos com um sentimento de que a
promesa de democracia foi quebrada. Patrick Sookhdeo, director
internacional do grupo dedicado aos direitos humanos "The Barnabas Fund", afirmou o seguinte:
A
NATO envolveu-se na guerra na Líbia com o propósito de instalar uma
democracia plena. Mas o que acabamos por ter é um governo fraccionado
onde o extremismo religioso da pior espécie tomou conta do governo. O
preocupação que se gerou foi a de se observar que este conflicto deu
origem a algo que é o oposto dum governo democrático.
Sookhdeo acrescenta ainda que a mais recente legislação terá efeitos
sérios junto daqueles na Líbia que desejam uma sociedade justa e
equitativa - especialmente junto daqueles que vivem no país mas que não são da
fé islâmica. Os analistas dizem também que o estatuto e os direitos das
mulheres terão também que ser estudados na próxima constituição.
Sookhdeo
comparou a situação na Líbia com o que aconteceu no Egipto, depois do
líder de longa data Hosni Mubarak ter sido substituído por Mohammed
Morsi, da Irmandade Muçulmana - que por sua vez foi removido do poder
por parte dos militares depois de se tornar óbvio que ele estava a
desenvolver esforços para colocar o pais debaixo dum governo islâmico. “Eles [os Cristãos] não terão a cidadania por inteiro,"
referiu-se Sookhdeo à recente expulsão do presidente Morsi quando a sua
administração tentou instalar uma legislação semelhante.
Desde que Qaddafi foi removido do poder em Outubro de 2011 que os
trabalhadores Cristãos, incluindo os Coptas que chegam do Egipto em
busca de trabalho, têm sido alvos
de ataques. Há relativamente pouco tempo as autoridades líbias
libertaram 3 missionários Egípcios que haviam sido presos por
proselitismo. Um quinto Cristão, Ezzat Atallah, morreu enquanto se
encontrava na prisão. Os seus apoitantes dizem que tudo o que eles
fizeram foi ter na sua posse cruzes para a sua própria reflexão
espiritual.
O perigo que os Cristãos e outros não-maometanos enfrentam na Líbia
foi mais uma vez ressalvado no mês passado quando um professor
americano, Ronnie Smith, (33 anos, proveniente do Texas, e professor
de Química na "International School" de Benghazi)
foi morto no dia 5 de Dezembro enquanto fazia jogging. O assassinato
demonstrou de forma clara que a ténua segurança que existe na cidade
do Este da Líbia - a mesma onde o embaixador americano Chris Stevens foi
morto durante um ataque à embaixada no dia 11 de Setembro de 2012.
Não houve qualquer tipo de alegações credíveis em torno da responsabilidade da morte, mas crê-se que
militantes islâmicos activos em Benghazi tenham sido os responsáveis
pelo assassinato de Smith. Esta morte veio pouco depois do porta-voz da
Al-Qaeda ter apelado aos líbios que atacassem todos os interesses
americanos existentes no país, como vingança pelo facto das Forças
Especiais
terem agarrado subitamente, nas estradas de Tripoli, um suspeito
militante da Al-Qaeda. Muitos
especulam que Smith tenha sido morto devido à sua fé Cristã e pela
forma como ele falava dela abertamente com os seus estudantes na Líbia.
Sookhdeo afirmou que a recente legislação pode ter efeitos não só na
Líbia mas para além das suas fronteiras também, visto que alegadamente a
zona sul da fronteira da Líbia está sob o controle da Al-Qaeda e armas
estão a ser introduzidas na Síria a um ritmo alarmante.
Temos
um potencial problema regional e os Cristãos bem como outros do Médio
Oriente têm o direito de desejar uma sociedade livre e democrática.
Ultimamente, a perseguição, a violência e até os assassinatos de
Cristãos têm vindo a aumentar no Médio Oriente.
Em Março de 2012,
Jeremiah Small, residente do estado de Washington que se encontrava a
trabalhar no Iraque, foi assassinado por um dos seus alunos maometanos.
O motivo não é claro mas no dia anterior, e depois duma discussão acalorada ter ocorrido na sua aula,
o aluno ameaçou-o de morte devido às suas crenças religiosas Cristãs.
Poucos dias antes, no Iémen, militantes maometanos mataram outro
americano disparando oito vezes contra ele.
Joel Shrum, de 29 anos, foi morto por membros dos "Apoitantes da
Sharia" - que também opera na Líbia - que, após o assassinato, emitiram
também uma mensagem dizendo que o assassinato ocorreu "como resposta à campanha de proselitismo Cristão que o Ocidente deu início contra os muçulmanos."
* * * * * * *
Ressalva-se que os líderes islâmicos a viver no Ocidente nada dizem
da perseguição religiosa que os Cristãos sofrem em países que estão sob
dominação maometana.
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