Um tribunal egípcio condenou hoje 163 seguidores da organização
Irmandade Muçulmana a 10 anos de prisão por participarem em protestos e
pela intenção de homicídios, entre outras acusações, disseram fontes
judiciais à agência noticiosa de informação.
Do total de condenados, 126 fundamentalistas islâmicos foram
sentenciados à pena de prisão por protestos e pela violenta intervenção
junto de pessoas acampadas nas praças de Rabea al Adauiya e Al Nahda, no
Cairo, onde se concentraram multidões em Agosto do ano passado, após a
destituição do Presidente Mohamed Morsi.
O tribunal de Kafer al Sheij decretou ainda que cada um dos arguidos
proceda ao pagamento de uma multa de 1.000 libras egípcias (102 euros,
ao câmbio actual).
Em outro processo, o mesmo juiz condenou cada um dos 37 membros da
Irmandade Muçulmana, declarada organização terrorista pelo atual Governo
interino do Egipto, à pena de prisão e a uma multa de 20.000 libras
egípcias (2.044 euros).
A condenação foi atribuída pela intenção de atentar contra a estação
de metropolitano da Faculdade de Agronomia, a 06 de Outubro de 2013, e
de interromperem a circulação dos comboios, além da tentativa de
homicídio de um agente da polícia egípcia, posse de 51 bombas e de armas
de fogo.
A 28 de Abril último, o Tribunal de Minia, no sul do Egipto, condenou à
morte 720 supostos seguidores da Irmandade Islâmica, incluindo o seu
líder, Mohamed Badía, pela prática de actos violentos em dois processos.
Desde a destituição de Morsi, Presidente eleito legitimamente e
posteriormente destituído, que as autoridades egípcias perseguem os
membros da Irmandade Muçulmana.
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