Por Paul Vallely
Pelo menos uma mulher está segura; ao longo da sua gravidez, ela esteve presa em Cartum, capital da República do Sudão, vivendo com a terrível expectativa de ser enforcada mal o bebé nasça. O seu crime foi o de ter casado com um homem Cristão, e ter sido acusada de apostasia - renúncia da fé islâmica - embora ela mantenha que nunca tenha sido muçulmana. Na Quinta-Feira, o calvário de oito meses de Meriam Ibrahim finalmente chegou ao fim quando ela saiu do país para em direcção a Roma, onde ela e o seu bebé conheceram o Papa e o Vaticano.
Mas o que aconteceu aos cerca de 3,000 Cristãos de Mosul foi uma história completamente diferente, visto que muçulmanos fanáticos expulsaram-nos das suas casas no norte do Iraque depois de ter sido anunciada uma fatwa nas mesquitas locais a ordená-los a converterem-se ao islão, submeterem-se ao seu domínio, pagar o imposto religioso (jiziyah), ou arriscarem-se a serem mortos se por acaso resolvessem ficar. A última Cristã a abandonar a cidade foi uma senhora deficiente física que não conseguia movimentar-se. Os fanáticos chegaram à sua casa e disseram que eles iriam cortar a sua cabeça com uma espada.
A maior parte das pessoas do Ocidente ficariam surpreendidas pela resposta a esta questão: quem é o povo mais perseguido do mundo? Segundo a International Society for Human Rights, um grupo secular com membros de 38 países distintos, 80% de todos os actos de discriminação religiosa no mundo é dirigido aos Cristãos.
O Centre for the Study of Global Christianity dos Estados Unidos estima que 100,000 Cristãos morrem anualmente, atacados por motivos da sua fé - isto são, 11 Cristãos mortos por hora. O Pew Research Center disse que a hostilidade atingiu o ponto mais alto em 2012, quando os Cristãos enfrentaram algum tipo de discriminação em 139 países, quase três quartos das nações do mundo.
Tudo isto parece ser contra-intuitivo aqui no Ocidente, onde a história do Cristianismo tem sido de domínio cultural e controle desde que o Imperador Constantino se converteu e fez o Império Romano adoptar o Cristianismo no século 4. No entanto, os factos óbvios é que os Cristãos estão a apodrecer nas cadeias do Paquistão por blasfémia, as suas igrejas estão a ser queimadas e os congregantes estão a ser regularmente assassinados na Nigéria e no Egipto, que viu recentemente a pior vaga de violência anti-Cristã em sete séculos.
O pogrom anti-Cristão mais violento do século 21 viu até 500 Cristãos mortos à machadada por radicais hindus de Orissa (Índia), com outros milhares de feridos, e mais de 50,000 a perderem as suas casas. Em Burma, Chin e Karem, os Cristãos são regularmente sujeitos à prisão, tortura, trabalho forçado e ao assassínio.
A perseguição está a crescer na China, e na Coreia do Norte um quarto dos Cristãos locais vivem em campos de trabalhos forçados depois de se terem recusado a fazer parte da seita nacional estatal, fundada por Kim Il-Sung. Somália, Síria, Iraque, Irão, Afeganistão, Arábia Saudita, Iémen e as Maldivas são países que se encontram entre os 10 primeiros na lista dos piores países para um Cristão viver.
Algumas poucas vozes fizeram-se ouvir no Ocidente em torno deste assunto. O historiador religioso Rupert Shortt escreveu um livro com o nome de Christianophobia. O mais conhecido jornalista da religião, John L Allen Jnr, publicou o livro The Global War on Christians. O antigo rabino-chefe Jonathan Sacks disse perante a Câmara dos Lordes que o sofrimento dos Cristãos do Médio Oriente "é um dos maiores crimes contra a humanidade do nosso tempo". Ele comparou esse crime aos pogroms Europeus contra os Judeus, e disse que se encontrava "chocado com a falta de protesto que [esse sofrimento] evocou".
Porque é que isto acontece numa cultura está pronta a fazer protestos públicos contra ferocidade do bombardeamento de Israel a Gaza ou contra o comportamento da Rússia na Ucrânia? Em parte, isto deve-se ao facto da nossa intelligentsia ainda se encontrar presa a formas antigas de pensar em relação ao Cristianismo, como força dominante na hegemónica história do Ocidente. (....)
Uma falsa dicotomia entre a religião e a igualdade foi erigida, e isso resultou numa sucessão de novas histórias, comparativamente triviais, de recepcionistas a serem proibidas de usar jóias religiosas ou enfermeiras a serem suspensas por se disponibilizarem para orar em favor da recuperação dum paciente. A adopção da retórica da perseguição em tais assuntos obscurece a verdadeira perseguição de Cristãos a serem mortos ou expulsos das suas casas em outras partes do mundo.
A maior parte dos Cristãos do mundo não se encontram num frente a frente com secularistas intolerantes em torno de assuntos tão pequenos. No Ocidente, o Cristianismo pode-se ter tornado com o passar do tempo numa fé abraçada pela classe média e colocada de parte pela classe operária, mas no resto do mundo, a esmagadora maioria da população é pobre, e muitos deles batalham contra maiorias culturais antagónicas, e têm prioridades distintas nas suas vidas. O paradoxo que isto causa, tal como ressalva Allen, é que os Cristãos do mundo caem no meio da divisão esquerda-direita: eles são demasiado religiosos para os esquerdistas, e demasiado estrangeiros para os conservadores.
Junto da elite secular do Reino Unido é socialmente respeitável olhar para o Cristianismo como algo estranho, e é permitido intimidar um pouco os seus aderentes. Isto origina a realidade política surreal onde o Presidente Obama visita a Arábia Saudita mas "não tem tempo" para levantar a questão da supressão do Cristianismo neste país rico em petróleo, e onde o Primeiro-Ministro David Cameron recebe críticas por parte dos não-liberais secularistas devido à historicamente inquestionável afirmação de que a cultura Britânica foi formada segundo valores Cristãos.
A realidade de se ser Cristão na maior parte do mundo é muito diferente. Isto apenas aumenta a tragédia que o Ocidente tarda em compreender - ou tarda em ouvir o apelo de homens tais como o Patriarca Católico de Jerusalém Fouad Twal quando ele pergunta:
Pelo menos uma mulher está segura; ao longo da sua gravidez, ela esteve presa em Cartum, capital da República do Sudão, vivendo com a terrível expectativa de ser enforcada mal o bebé nasça. O seu crime foi o de ter casado com um homem Cristão, e ter sido acusada de apostasia - renúncia da fé islâmica - embora ela mantenha que nunca tenha sido muçulmana. Na Quinta-Feira, o calvário de oito meses de Meriam Ibrahim finalmente chegou ao fim quando ela saiu do país para em direcção a Roma, onde ela e o seu bebé conheceram o Papa e o Vaticano.
Mas o que aconteceu aos cerca de 3,000 Cristãos de Mosul foi uma história completamente diferente, visto que muçulmanos fanáticos expulsaram-nos das suas casas no norte do Iraque depois de ter sido anunciada uma fatwa nas mesquitas locais a ordená-los a converterem-se ao islão, submeterem-se ao seu domínio, pagar o imposto religioso (jiziyah), ou arriscarem-se a serem mortos se por acaso resolvessem ficar. A última Cristã a abandonar a cidade foi uma senhora deficiente física que não conseguia movimentar-se. Os fanáticos chegaram à sua casa e disseram que eles iriam cortar a sua cabeça com uma espada.
A maior parte das pessoas do Ocidente ficariam surpreendidas pela resposta a esta questão: quem é o povo mais perseguido do mundo? Segundo a International Society for Human Rights, um grupo secular com membros de 38 países distintos, 80% de todos os actos de discriminação religiosa no mundo é dirigido aos Cristãos.
O Centre for the Study of Global Christianity dos Estados Unidos estima que 100,000 Cristãos morrem anualmente, atacados por motivos da sua fé - isto são, 11 Cristãos mortos por hora. O Pew Research Center disse que a hostilidade atingiu o ponto mais alto em 2012, quando os Cristãos enfrentaram algum tipo de discriminação em 139 países, quase três quartos das nações do mundo.
Tudo isto parece ser contra-intuitivo aqui no Ocidente, onde a história do Cristianismo tem sido de domínio cultural e controle desde que o Imperador Constantino se converteu e fez o Império Romano adoptar o Cristianismo no século 4. No entanto, os factos óbvios é que os Cristãos estão a apodrecer nas cadeias do Paquistão por blasfémia, as suas igrejas estão a ser queimadas e os congregantes estão a ser regularmente assassinados na Nigéria e no Egipto, que viu recentemente a pior vaga de violência anti-Cristã em sete séculos.
O pogrom anti-Cristão mais violento do século 21 viu até 500 Cristãos mortos à machadada por radicais hindus de Orissa (Índia), com outros milhares de feridos, e mais de 50,000 a perderem as suas casas. Em Burma, Chin e Karem, os Cristãos são regularmente sujeitos à prisão, tortura, trabalho forçado e ao assassínio.
A perseguição está a crescer na China, e na Coreia do Norte um quarto dos Cristãos locais vivem em campos de trabalhos forçados depois de se terem recusado a fazer parte da seita nacional estatal, fundada por Kim Il-Sung. Somália, Síria, Iraque, Irão, Afeganistão, Arábia Saudita, Iémen e as Maldivas são países que se encontram entre os 10 primeiros na lista dos piores países para um Cristão viver.
Algumas poucas vozes fizeram-se ouvir no Ocidente em torno deste assunto. O historiador religioso Rupert Shortt escreveu um livro com o nome de Christianophobia. O mais conhecido jornalista da religião, John L Allen Jnr, publicou o livro The Global War on Christians. O antigo rabino-chefe Jonathan Sacks disse perante a Câmara dos Lordes que o sofrimento dos Cristãos do Médio Oriente "é um dos maiores crimes contra a humanidade do nosso tempo". Ele comparou esse crime aos pogroms Europeus contra os Judeus, e disse que se encontrava "chocado com a falta de protesto que [esse sofrimento] evocou".
Porque é que isto acontece numa cultura está pronta a fazer protestos públicos contra ferocidade do bombardeamento de Israel a Gaza ou contra o comportamento da Rússia na Ucrânia? Em parte, isto deve-se ao facto da nossa intelligentsia ainda se encontrar presa a formas antigas de pensar em relação ao Cristianismo, como força dominante na hegemónica história do Ocidente. (....)
Uma falsa dicotomia entre a religião e a igualdade foi erigida, e isso resultou numa sucessão de novas histórias, comparativamente triviais, de recepcionistas a serem proibidas de usar jóias religiosas ou enfermeiras a serem suspensas por se disponibilizarem para orar em favor da recuperação dum paciente. A adopção da retórica da perseguição em tais assuntos obscurece a verdadeira perseguição de Cristãos a serem mortos ou expulsos das suas casas em outras partes do mundo.
A maior parte dos Cristãos do mundo não se encontram num frente a frente com secularistas intolerantes em torno de assuntos tão pequenos. No Ocidente, o Cristianismo pode-se ter tornado com o passar do tempo numa fé abraçada pela classe média e colocada de parte pela classe operária, mas no resto do mundo, a esmagadora maioria da população é pobre, e muitos deles batalham contra maiorias culturais antagónicas, e têm prioridades distintas nas suas vidas. O paradoxo que isto causa, tal como ressalva Allen, é que os Cristãos do mundo caem no meio da divisão esquerda-direita: eles são demasiado religiosos para os esquerdistas, e demasiado estrangeiros para os conservadores.
Junto da elite secular do Reino Unido é socialmente respeitável olhar para o Cristianismo como algo estranho, e é permitido intimidar um pouco os seus aderentes. Isto origina a realidade política surreal onde o Presidente Obama visita a Arábia Saudita mas "não tem tempo" para levantar a questão da supressão do Cristianismo neste país rico em petróleo, e onde o Primeiro-Ministro David Cameron recebe críticas por parte dos não-liberais secularistas devido à historicamente inquestionável afirmação de que a cultura Britânica foi formada segundo valores Cristãos.
A realidade de se ser Cristão na maior parte do mundo é muito diferente. Isto apenas aumenta a tragédia que o Ocidente tarda em compreender - ou tarda em ouvir o apelo de homens tais como o Patriarca Católico de Jerusalém Fouad Twal quando ele pergunta:
Será que alguém
ouve o nosso clamor? Quantas atrocidades teremos que suportar até que
alguém, em algum lugar, venha em nosso socorro?
Os adoradores de Alá - o deus de meca - são os principais responsáveis
pela tragédia que aflige os servos do Senhor Jesus Cristo, mas muito
perto deles (em ódio anti-Cristão) encontram-se os seguidores de Karl
Marx, Genrikh Yagoda (fundador do NKVD que matou milhões de Cristãos na
Ucrânia), Lazar Kaganovich e muitos outros anti-Cristãos..
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