Ao contrário do que muitas pessoas
pensam, não existe uma divisão profunda entre a Fatah e o Hamas. Os
"palestinos" frequentemente trocam entre um e outro e membros da mesma família
pertencem a grupos diferentes. Jibril Rajoub, por exemplo, é
frequentemente entrevistado pelos média israelitas como representante
da Fatah (AP) enquanto o seu irmão, Naif, foi um ministro da
administração do Hamas.
Antes de 2007, altura em que o Hamas
tomou conta da Faixa de Gaza e suprimiu a presença local da Fatah,
havia uma considerável troca entre as organizações. Numa ocasião, umaprisionado militante da Fatah sorriu e disse que era difícil para ele dizer a qual das organizações ele pertencia. " Às vezes acontece," diz ele, "eu adormecer como membro da Fatah e acordar como membro do Hamas . . ."
Durante a semana passada várias pessoas marcharam pelas estradas da Judeia e Samaria ("West
Bank") munidas de cartazes aprovadas pelo Hamas, e abençoadas pela Fatah, gritando coisas como "morte aos Judeus!" e "morte a Israel!". Tal como afirmou um membro veterano da Fatah, "Nos nossos corações, todos nós somos membros do Hamas."
O suposto "pragmatismo" de Mahmoud
Abbas é música para os ouvidos ocidentais mas não tanto para os ouvidos
árabes. Devido a isto, quando ele voltou da ONU com título de
"Presidente da Palestina" no seu bolso, permitiu que o Hamas e outros
levassem a cabo desfiles e comícios, libertou prisioneiros do Hamas, e
deu instruções para que fossem deixados em paz aqueles que tencionassem levar a cabo ataques contra Israel.
Actualmente, a Autoridade Palestina
[AP] mal pode manter-se à tona, e todas as grandes marchas organizadas
para desculpar ou suavizar a imagem do Hamas podem levar a violência
faccionária palestina e a ataques terroristas contra Israel.
Hamas, com a recentemente recebida
ajuda e aprovação de Mahmoud Abbas, obterá o poder, tal como o obteve
em Gaza. Israel nunca poderá aceitar a existência dum emirato radical
islâmico na Judeia e Samaria ("West Bank"), da mesma forma que Paris,
Londres ou Washington nunca poderiam aceitar a al-Qaeda ou os Talibás
no Mónaco, País de Gales ou Virginia.
Desta vez, ninguém pode prometer que os
soldados israelitas continuarão a agir como guarda-costas dos líderes
2palestinos" quando as suas vidas estiverem em risco. Esse filme, como
todos nós já vimos, já acabou.
....
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