Iftikhar Ahmed, um motorista de táxi de 52 anos, e a mulher, Farzana, de 49, foram considerados culpados pela morte da filha, em Setembro de 2003. O corpo de Shafilea foi encontrado seis meses depois nas margens do rio Kent em Cumbria, no Noroeste de Inglaterra.
O casal foi detido logo em 2003, mas foi libertado pouco depois por falta de provas. Agora o juiz Roderick Evans condenou-os a prisão perpétua, uma pena que segundo determinadas condições poderá vir a ser reduzida para um mínimo de 25 anos de prisão.
“A vossa preocupação com a vergonha foi maior do que o amor pela vossa filha”, disse-lhes o juiz. “Shafilea era uma jovem determinada, com ambição, e queria ter um estilo de vida normal para o país onde escolheram viver”, adiantou. Terá sido sufocada com um saco de plástico, segundo foi referido na sala de audiências no tribunal de Chester.
Durante o julgamento, outra filha do casal, Alesha Ahmed, de 23 anos, confirmou que assistiu com as suas outras irmãs e um irmão à morte de Shafilea na casa da família em Warrington. Disse que viu os pais colocar-lhe um saco de plástico na boca e ouviu a mãe dizer “isto acaba aqui”. Alesha chegou a ser detida por envolvimento num roubo em casa da família em Agosto de 2010, adiantou a BBC, e foi então que contou a sua versão sobre o que aconteceu.
O pai sempre dissera que Shafilea fugira de casa a meio da noite e nunca mais regressara. A acusação, no entanto, acusou-o de ter assassinado a filha por considerar que esta envergonhava a família. A mãe, Farzana, chegou a negar todas as acusações, mas a meio do julgamento admitiu que vira o marido agredir a filha na noite em que esta desapareceu e adiantou que a ameaçou, a ela e às outras crianças, fazer-lhes o mesmo se lhe perguntassem o que acontecera a Shafilea.
Na sala de audiência, Alesha contou que era frequentemente pedido à irmã que usasse roupas tradicionais e concordasse com um casamento forçado, e esta chegou a ser levada para o Paquistão para casar com um homem muito mais velho. Disse que Shafilea arfava com falta de ar antes de morrer e que todos foram para o quarto em choque mas que ainda viu o pai levar o corpo para o carro, coberto com um cobertor. Às crianças foi dito para nunca comentarem nada com ninguém.
MITOS ISLÂMICOS
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quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Pais condenados a prisão perpétua por assassinarem a filha que se quis “ocidentalizar”
Shafilea Ahmed tinha 17 anos, gostava de usar maquilhagem e do estilo de vida ocidental. Morreu sufocada, em 2003, e os seus pais, de origem paquistanesa, foram agora condenados por um tribunal britânico a prisão perpétua.
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